No dia exato do aniversário de 17 anos da tragédia envolvendo um bimotor carregado com R$ 5,56 milhões, que resultou na morte de quatro pessoas na Fazenda Nossa Senhora de Lourdes, um novo acidente aéreo assola São Sebastião do Passé.
O episódio inicial, conhecido como o acidente de Maracangalha, marcou profundamente a região não só pela perda de vidas, mas também pelo frenesi desencadeado pela “caça ao tesouro” que se seguiu, com bandidos invadindo residências em busca dos milhões perdidos.
Armados e determinados, os criminosos mergulharam a localidade no medo, deixando uma cicatriz duradoura na comunidade. “Sempre que alguém de fora passa por aqui e puxa uma conversa, pergunta: aqui que caiu aquele avião cheio de dinheiro? Foi um marco nas nossas vidas”, recordou uma moradora uma década após o desastre.
“O que mais teve por aqui foi ladrão. Eles chegavam em motos, se apresentavam como policiais e invadiam as casas das pessoas, faziam batidas, agrediam. Foram tempos de muito medo, mesmo”, relatou outra moradora.
O acidente de hoje resultou na morte do piloto. Segundo informações da prefeitura de Guanambi, destino final do voo, o piloto faleceu carbonizado e estava sozinho na aeronave. A aeronave planejava uma parada em São Sebastião do Passé para reabastecimento.
O avião, adquirido por dois empresários locais, estava sendo levado pelo piloto até seu destino. A decolagem ocorreu em Caruaru, Pernambuco, com destino ao Aeroporto Municipal – Isaac Moura Rocha. Até o momento, a causa do acidente não foi confirmada.
A queda ocorreu nas proximidades da Isogama, uma empresa de indústria química, em uma área rural próxima à cidade. Imagens mostram a aeronave completamente destruída em meio à vegetação.
Em comunicado, o aeródromo Ecides Fires (SSDF), de São Sebastião do Passé, esclareceu que o acidente não envolveu nenhuma das aeronaves operadas no local.
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