Além da perda de peso, o uso do Ozempic tem sido associado à redução de gordura facial, resultando em flacidez e envelhecimento precoce da região bucal
O Ozempic, medicamento originalmente desenvolvido para o tratamento do diabetes tipo 2, ganhou popularidade nos últimos anos como uma opção para perda de peso. Contudo, especialistas têm observado efeitos colaterais estéticos preocupantes associados ao seu uso, especialmente em relação à saúde e aparência facial.
A dermatologista Dra. Michele Green, de Nova York, relatou que muitos pacientes que utilizam o Ozempic apresentam uma perda significativa de volume no rosto. Essa condição, apelidada de “boca de Ozempic”, caracteriza-se por flacidez ao redor da boca, formação de rugas e linhas finas, além de uma aparência geral mais envelhecida. O fenômeno ocorre devido ao esgotamento da gordura subcutânea, essencial para manter a firmeza e jovialidade da pele facial.
Além das alterações estéticas, o uso do Ozempic tem sido associado à xerostomia, ou boca seca. A redução na produção de saliva compromete funções essenciais como a digestão inicial dos alimentos, lubrificação das mucosas e proteção contra infecções. Consequentemente, pacientes podem enfrentar dificuldades ao falar ou mastigar, aumento do risco de cáries, doenças gengivais e infecções bucais.
Para mitigar esses efeitos, especialistas recomendam medidas como a ingestão regular de água, uso de balas sem açúcar para estimular a salivação e a adoção de uma dieta rica em alimentos que promovam a saúde bucal. Além disso, tratamentos dermatológicos, como a estimulação de colágeno, podem ajudar a restaurar o volume facial perdido, embora os resultados possam levar de quatro a seis meses para serem visíveis e não sejam permanentes.
É fundamental que pacientes em uso do Ozempic estejam cientes desses possíveis efeitos colaterais e mantenham acompanhamento médico e odontológico regular para monitorar e tratar quaisquer alterações na saúde bucal e estética facial.