No interior do Japão, uma pequena vila chamada Nagoro intriga os visitantes com sua peculiar população: bonecos humanos que parecem substituir seus antigos habitantes. Esses bonecos ocupam a cidade como se fossem pessoas reais, trabalhando no campo, esperando no ponto de ônibus e até mesmo ensinando na escola.
A origem dos bonecos
Tudo começou com Ayano Tsukimi, uma moradora local que retornou à sua cidade natal, Nagoro, para cuidar de seu pai doente. Ao chegar lá, descobriu que a cidade estava praticamente deserta, pois seus habitantes haviam migrado para áreas urbanas maiores. Para lidar com os corvos que destruíam suas plantações, Ayano criou um espantalho com as feições de seu pai. Essa figura intrigou os vizinhos, que a confundiam com o próprio pai de Ayano.
A expansão da população de bonecos
Após a morte de uma amiga, Ayano criou um boneco em sua homenagem. Com o tempo, mais e mais bonecos foram surgindo, representando os antigos moradores da cidade. Cada boneco leva cerca de três dias para ser feito e é feito de materiais duráveis, resistindo às condições climáticas. Atualmente, Nagoro abriga cerca de 350 dessas figuras, que representam uma resposta à desertificação rural que assola o Japão.
Atração turística e legado
Apesar de remota, a vila de Nagoro se tornou uma atração turística, recebendo visitantes interessados em testemunhar essa cidade de bonecos. A prefeitura local até mesmo incentivou Ayano a realizar oficinas para ensinar outras pessoas a fazerem os bonecos. O Festival do Espantalho, realizado no primeiro domingo de outubro, atrai ainda mais curiosos e entusiastas para a cidade.
O futuro de Nagoro
Ayano Tsukimi não planeja deixar Nagoro tão cedo, mas reconhece que um dia terá que retornar a Osaka para que sua família possa cuidar dela. Enquanto isso, ela e alguns moradores locais se dedicam à manutenção dessas figuras que dão vida à cidade abandonada.