O inventário de Gugu Liberato, falecido em 2019, continua gerando disputas entre familiares e outras partes interessadas. A fortuna estimada em R$ 1 bilhão está em litígio, e o caso ainda não foi finalizado. Saiba mais sobre os herdeiros e a divisão do patrimônio.
Desde a morte trágica do apresentador Gugu Liberato em novembro de 2019, o inventário de sua vasta fortuna tem sido motivo de intensa disputa judicial. Gugu, um dos apresentadores mais queridos da televisão brasileira, faleceu aos 60 anos após um acidente doméstico em sua casa em Orlando, nos Estados Unidos. A partir de então, a partilha de sua herança, estimada em cerca de R$ 1 bilhão, tornou-se um tema de grande interesse público e de embates familiares complexos.
Testamento e herdeiros legais
Gugu deixou um testamento, redigido em 2011, no qual destinava 75% de sua herança aos seus três filhos: João Augusto, Marina e Sofia Liberato. Os 25% restantes foram deixados para seus cinco sobrinhos. Esse documento, no entanto, acabou gerando polêmicas e disputas judiciais, pois alguns familiares questionaram sua validade e tentaram incluir outros nomes como beneficiários da herança.
Os filhos de Gugu são os herdeiros diretos e, por lei, detêm a maior parte do patrimônio deixado pelo apresentador. João Augusto, o filho mais velho, tem sido um dos principais defensores da manutenção do testamento conforme foi deixado pelo pai. As gêmeas Marina e Sofia, por sua vez, chegaram a expressar publicamente posições diferentes sobre a disputa.
A disputa judicial envolvendo Rose Miriam
Um dos principais pontos de controvérsia no inventário de Gugu Liberato envolve Rose Miriam Di Matteo, mãe dos três filhos do apresentador. Rose Miriam, que viveu muitos anos ao lado de Gugu e com quem teve os três filhos, não foi mencionada no testamento, o que gerou um extenso debate jurídico. Ela reivindica na Justiça o reconhecimento de uma união estável com Gugu, o que lhe daria direito a uma parte significativa da herança.
O embate entre Rose Miriam e a família de Gugu tem sido marcado por acusações de ambas as partes e por depoimentos conflitantes em relação à natureza da relação que Rose tinha com o apresentador. A defesa de Rose alega que, apesar de não terem sido oficialmente casados, ela e Gugu tinham uma vida em comum, com partilha de responsabilidades e deveres típicos de um casal. Já a família de Gugu, especialmente a mãe do apresentador, Dona Maria do Céu, nega que houvesse uma união estável entre os dois, afirmando que eles eram apenas amigos e que a decisão de Gugu em seu testamento deveria ser respeitada.
Administração e preservação do patrimônio
Enquanto o processo judicial sobre a divisão da herança de Gugu prossegue, a administração do patrimônio do apresentador está sob a responsabilidade da inventariante, Aparecida Liberato, irmã de Gugu. Ela foi nomeada para essa função no intuito de preservar os bens e garantir que todos os herdeiros recebam suas partes conforme a legislação vigente e o testamento deixado.
Os bens deixados por Gugu incluem imóveis no Brasil e nos Estados Unidos, empresas, investimentos financeiros e direitos autorais de seus programas de televisão. A administração desses bens tem sido motivo de discussão entre os herdeiros, que buscam garantir a preservação e o crescimento do patrimônio até que uma decisão definitiva seja tomada pela Justiça.
Impacto das decisões judiciais e novas revelações
O processo de inventário tem revelado uma série de novas informações e documentos que têm impactado as decisões judiciais. Recentemente, laudos psicológicos e depoimentos de testemunhas foram apresentados no tribunal, na tentativa de esclarecer a verdadeira natureza da relação entre Gugu e Rose Miriam, bem como a intenção de Gugu ao redigir seu testamento.
A decisão final sobre o reconhecimento ou não da união estável entre Rose Miriam e Gugu poderá alterar significativamente a distribuição do patrimônio, caso o tribunal decida a favor de Rose. Nesse caso, ela poderia ser considerada herdeira legítima e teria direito a uma parcela substancial dos bens.
A posição dos filhos de Gugu
Os filhos de Gugu, especialmente João Augusto, têm manifestado publicamente sua vontade de que o testamento deixado pelo pai seja respeitado na íntegra. Eles argumentam que Gugu era um homem precavido e que, ao redigir o testamento, expressou claramente sua vontade em relação ao destino de seus bens.
As gêmeas Marina e Sofia, por outro lado, chegaram a apoiar a mãe em sua reivindicação judicial, o que criou uma divisão entre os irmãos. No entanto, o caso ainda está longe de uma resolução final, e o desenrolar dos próximos capítulos depende de novas decisões judiciais e possíveis acordos entre as partes.
Conclusão e próximos passos
O inventário de Gugu Liberato, três anos após sua morte, continua sendo um tema de grande controvérsia e atenção pública. A disputa judicial sobre sua herança envolve questões complexas de direito sucessório, a interpretação da vontade do falecido e a dinâmica familiar em torno de grandes fortunas. Enquanto o tribunal não chega a uma decisão definitiva, o destino do vasto patrimônio de Gugu Liberato permanece incerto, aguardando os próximos desdobramentos legais e possíveis acordos entre os herdeiros e demais interessados.
O caso serve como um lembrete da importância de uma comunicação clara e das complexidades que envolvem a gestão de bens e patrimônio após a morte de uma figura pública tão estimada quanto Gugu Liberato.

fotos: reprodução Instagram/ Purepeople