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A Grande Pirâmide de Gizé: uma viagem detalhada pela única Maravilha do Mundo Antigo ainda intacta

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Estrutura erguida para o faraó Quéops há mais de 4.000 anos permanece como um dos maiores mistérios da engenharia antiga e um monumento à ambição humana.

A Grande Pirâmide de Gizé, construída para o faraó Quéops e concluída em torno de 2560 a.C., é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que sobreviveu intacta até os dias atuais. Localizada na necrópole de Gizé, nos arredores do Cairo, Egito, ela faz parte de um complexo funerário que inclui outras duas grandes pirâmides, várias menores, e a icônica Esfinge.

História e construção da Grande Pirâmide

A pirâmide foi edificada durante o reinado do faraó Quéops, o segundo faraó da Quarta Dinastia do Egito Antigo, que governou entre 2585 a.C. e 2560 a.C. A construção do monumento, que levou aproximadamente 20 anos, foi um projeto colossal, concebido não apenas como o túmulo final de Quéops, mas também como um símbolo do poder e da riqueza do Egito.

Embora seja comum pensar que as pirâmides foram erguidas por escravos, estudos arqueológicos indicam que os trabalhadores eram, na verdade, cidadãos egípcios contratados. Eles viviam em vilas próximas ao complexo e eram bem alimentados, com condições de trabalho organizadas em turnos e intervalos.

O esplendor original da pirâmide

Hoje, as pirâmides de Gizé têm o tom alaranjado do deserto ao seu redor, mas originalmente eram revestidas com blocos de calcário branco, que lhes conferiam um brilho resplandecente sob o sol egípcio. Esses blocos, posteriormente removidos e utilizados em outras construções, deixaram as pirâmides com a aparência que vemos atualmente.

Uma visão de perto dos detalhes da Grande Pirâmide — Foto: Jose Antonio Bernat Bacete/Getty Images

Tamanho e importância da Grande Pirâmide

Originalmente, a Grande Pirâmide media 146,6 metros de altura, mas a erosão ao longo dos séculos reduziu essa medida para os atuais 138,5 metros. Mesmo assim, ela permaneceu como a estrutura mais alta do mundo por quase 4.000 anos. Construída com aproximadamente 2,3 milhões de blocos de pedra, cada um pesando entre 2,5 e 15 toneladas, sua construção continua a ser um dos maiores feitos da engenharia antiga.

A pirâmide de Quéops, situada no fundo do complexo, pode parecer menor em fotos devido ao terreno mais baixo em que foi construída, mas é a maior das três pirâmides principais em Gizé. A pirâmide de Quéfren, seu filho, fica ao centro, e a de Miquerinos, neto de Quéops, completa o trio.

Embora a pirâmide do meio pareça maior, a Grande Pirâmide (localizada ao fundo) é, na verdade, maior. Seu posicionamento em um terreno mais baixo causa uma ilusão — Foto: Islam Moawad

A Grande Pirâmide por dentro

Embora o interior da pirâmide possa parecer decepcionante para alguns visitantes, já que não há decorações ou hieróglifos em suas paredes, o mistério e a história que ela carrega são inestimáveis. Dentro dela, é possível ver corredores que levam à câmara funerária, onde se encontra um sarcófago vazio, presumivelmente construído para abrigar o corpo do faraó Quéops. No entanto, nenhuma múmia foi encontrada até hoje.

As pirâmides do Plateau de Gizé — Foto: Getty Images

Visitar a Grande Pirâmide de Gizé

O Plateau de Gizé é um sítio arqueológico vasto, cercado por um portão, e aberto ao público mediante compra de ingressos. É recomendável que os visitantes contratem um guia egiptólogo certificado, já que há pouca sinalização informativa no local. Para aqueles que desejam explorar o interior da Grande Pirâmide, é necessário adquirir um ingresso adicional, disponível para um número limitado de visitantes por dia.

Entrar na pirâmide, no entanto, pode ser uma experiência claustrofóbica para alguns, já que os corredores que levam à câmara do rei são bastante estreitos. A visita, contudo, oferece uma perspectiva única sobre a magnitude do trabalho realizado há milênios.

As pirâmides foram construídas com blocos de pedra — Foto: Nick Brundle

Os mistérios e a importância da Grande Pirâmide

A Grande Pirâmide de Gizé não é apenas um túmulo antigo, mas também um monumento à inovação, à engenharia e à ambição humana. Mesmo depois de 4.000 anos, ela continua a fascinar e intrigar estudiosos e visitantes do mundo inteiro, mantendo segredos que ainda aguardam ser revelados.

A necrópole de Gizé, que inclui a Grande Pirâmide, templos, cemitérios e vilas de trabalhadores, é um testemunho da civilização egípcia antiga, tanto em sua capacidade de construir monumentos impressionantes quanto na organização social que permitiu tal empreendimento. É um lembrete de que, embora os faraós tenham desaparecido, seu legado ainda resplandece sob o sol do deserto.

Capa: Uma imagem da Esfinge e de uma pirâmide em Gizé, no Cairo, Egito — Foto: Getty Images


Este texto é baseado em uma matéria originalmente publicada na Architectural Digest Estados Unidos.