Em meio às discussões nos Estados Unidos sobre a possível proibição do TikTok, uma olhada na experiência da Índia após a proibição repentina do aplicativo em 2020 pode oferecer valiosas lições.
Na última quarta-feira, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei que poderia levar à proibição nacional do TikTok. Embora os 170 milhões de usuários americanos do aplicativo estejam preocupados com o futuro, a história da Índia mostra que é possível se adaptar a um mundo sem TikTok.
Em junho de 2020, após tensões na fronteira com a China, o governo indiano proibiu abruptamente o TikTok e vários outros aplicativos chineses. Embora chocante para os 200 milhões de usuários indianos, a proibição levou a uma série de mudanças significativas.
Alternativas e Oportunidades
A proibição do TikTok abriu espaço para uma competição acirrada entre empresas de tecnologia americanas e startups indianas. O Instagram, com o lançamento do Reels, e o YouTube Shorts, do Google, rapidamente ocuparam o vácuo deixado pelo TikTok.
No entanto, apesar de um período inicial de adaptação, startups locais como MX Taka Tak e Moj não conseguiram competir com o alcance e os recursos financeiros das empresas americanas.
Impacto nos Criadores de Conteúdo
Os criadores de conteúdo indianos foram forçados a migrar para outras plataformas, como Instagram Reels e YouTube Shorts. Enquanto alguns tiveram sucesso na transição, muitos lutaram para reconstruir sua base de seguidores e alcançar o mesmo nível de popularidade.
Questões de Segurança e Desinformação
Embora preocupações de segurança cibernética tenham sido citadas como justificativa para a proibição do TikTok, especialistas questionam se a remoção do aplicativo realmente melhorou a segurança digital. O cenário de desinformação e deepfakes persiste, independentemente da presença do TikTok.
Enquanto os Estados Unidos continuam a debater o futuro do TikTok, a experiência da Índia destaca a importância da diversificação de plataformas e da conscientização sobre segurança digital, independentemente das ações regulatórias.
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Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital