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Anvisa divulga análise de suplementos de creatina: 40 de 41 marcas apresentam irregularidades na rotulagem

Foto: Unsplash | Divulgação
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Estudo aponta conformidade no teor de creatina e ausência de substâncias estranhas, mas destaca falhas generalizadas na rotulagem dos produtos avaliados

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta quarta-feira (23), os resultados de uma análise laboratorial realizada em 41 suplementos alimentares de creatina disponíveis no mercado brasileiro. O estudo, conduzido pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avaliou produtos de 29 fabricantes, focando em três aspectos principais: teor de creatina, adequação da rotulagem e presença de matérias estranhas.​

Os resultados indicaram que, em relação ao teor de creatina, 40 das 41 marcas analisadas estavam dentro dos parâmetros estabelecidos pela regulamentação vigente, que permite uma variação de até 20% em relação ao valor declarado no rótulo, com um mínimo de 3.000 mg por porção. Apenas uma marca apresentou teor abaixo do esperado. Além disso, nenhuma das amostras continha matérias estranhas, como contaminantes ou impurezas, o que reforça a segurança dos produtos quanto à composição.​

No entanto, a análise revelou que 40 das 41 marcas apresentaram irregularidades na rotulagem. As principais falhas identificadas incluíram:​

  • Alegações não autorizadas sobre os benefícios da creatina, incluindo informações em línguas estrangeiras;​
  • Uso de termos ou imagens que podem induzir o consumidor a interpretações equivocadas;​
  • Tabelas nutricionais fora do padrão ou ausentes no mesmo painel da lista de ingredientes;​
  • Falta de informações sobre a frequência de consumo recomendada;​
  • Ausência do número de porções por embalagem na tabela nutricional;​
  • Omissão das quantidades de açúcares totais e adicionados.​

A Anvisa ressaltou que, embora essas irregularidades não representem risco direto à saúde dos consumidores, elas comprometem a clareza e a precisão das informações fornecidas, podendo levar a escolhas inadequadas por parte dos usuários. A agência informou que notificará os fabricantes para que corrijam as inconsistências e se adequem às normas estabelecidas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 843/2024 e pela Instrução Normativa (IN) 281/2024.​

A coleta das amostras ocorreu no segundo semestre de 2024, com foco em produtos comercializados em embalagens de 300 gramas, as mais comuns no mercado. As amostras foram coletadas em triplicata por equipes das vigilâncias sanitárias dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, seguindo o rito de análise fiscal estabelecido pela Lei 6.437, de 20 de agosto de 1977.​

Este estudo da Anvisa contrasta com análises anteriores realizadas por entidades do setor privado, que apontaram problemas mais graves, como a ausência total de creatina em algumas marcas. A diferença nos resultados pode indicar uma melhoria nos processos de fabricação e uma maior conformidade por parte das empresas após as divulgações anteriores.​

A Anvisa reforça a importância de os consumidores estarem atentos às informações presentes nos rótulos dos suplementos e de adquirirem produtos de fabricantes que seguem as regulamentações vigentes, garantindo assim a segurança e a eficácia esperadas.