Efeitos da microgravidade impactam o corpo humano durante longas missões espaciais
Os astronautas norte-americanos Suni Williams e Butch Wilmore, da NASA, retornaram à Terra após 286 dias no espaço, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). A missão, que inicialmente deveria durar apenas seis meses, foi prolongada devido a problemas técnicos na espaçonave Starliner, da Boeing. Com o retorno, imagens divulgadas pela NASA e por agências internacionais mostram mudanças impressionantes na aparência dos astronautas, reforçando os impactos da microgravidade no corpo humano.
Transformações físicas evidentes
Comparando fotos antes e depois da missão, é possível notar diferenças importantes no rosto e no corpo dos astronautas. Ambos aparentem estar mais magros, com feições visivelmente mais marcadas. Essas mudanças são comuns em missões prolongadas no espaço, onde a ausência de gravidade leva à perda de massa muscular e óssea, além de alterações na distribuição de fluidos corporais.
A microgravidade também afeta a circulação sanguínea, fazendo com que o rosto fique inchado nos primeiros meses e, posteriormente, os músculos se tornem mais flácidos. Outro efeito bastante comum é a diminuição da densidade óssea, o que exige um longo período de reabilitação na Terra para recuperar a resistência física.
Desafios da missão e retorno conturbado
A missão de Suni Williams e Butch Wilmore foi marcada por desafios inesperados. A Starliner, nave do Boeing que levou à ISS, apresentou falhas técnicas que adiaram o retorno à Terra. O veículo causou vazamentos no sistema de propulsão e problemas no software, o que levou a NASA a prolongar a estadia dos astronautas para garantir um retorno seguro.
Após meses de incerteza, a nave finalmente realizou a reentrada na atmosfera terrestre e pousou com sucesso no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. A missão serviu como um teste crucial para futuras operações da Starliner, que faz parte do programa comercial de transporte espacial da NASA, ao lado da Crew Dragon, da SpaceX.
Impactos no corpo humano e reabilitação pós-missão
A permanência prolongada no espaço exige cuidados intensivos no retorno à Terra. Além da readaptação à gravidade, os astronautas passam por um rigoroso processo de reabilitação, que inclui fisioterapia, procedimentos de recuperação muscular e acompanhamento médico para avaliar os impactos em longo prazo.
Estudos indicam que missões espaciais prolongadas podem causar desde alterações no sistema cardiovascular até impactos na visão e no sistema nervoso. Por isso, a NASA e outras agências espaciais investem em pesquisas para minimizar esses efeitos, especialmente com o objetivo de preparar astronautas para futuras missões à Lua e a Marte.
O futuro das missões espaciais mais longas
Com o avanço da exploração espacial, as missões de longa duração estão se tornando cada vez mais comuns. A NASA planeja enviar astronautas para a órbita lunar nos próximos anos e, futuramente, estabelecer bases em Marte. Esses desafios desabilitam novas estratégias para proteger a saúde dos tripulantes e garantir que possam selecionar suas funções em ambientes extremos.
A missão de Williams e Wilmore representa mais um passo na compreensão dos impactos da microgravidade e no desenvolvimento de soluções para viagens espaciais cada vez mais ambiciosas.

