Cristina Ribeiro, professora de Belém, fatura até R$ 20 mil mensais com bonecas hiper-realistas que encantam e auxiliam no tratamento de traumas
Em um ateliê no coração de Belém (PA), a professora Cristina Ribeiro encontrou uma forma singular de unir arte, afeto e empreendedorismo. Produzindo bonecas hiper-realistas conhecidas como bebês reborn, ela transformou sua paixão em um negócio próspero, alcançando faturamentos mensais de até R$ 20 mil.
Cristina iniciou sua jornada no universo dos bebês reborn como um hobby, mas rapidamente percebeu o potencial terapêutico e comercial dessas criações. Cada boneca é confeccionada com minuciosa atenção aos detalhes, utilizando materiais que imitam com precisão a pele, os cabelos e as expressões faciais de um recém-nascido. O processo de produção pode levar semanas, dependendo do nível de realismo desejado pelo cliente.
Mais de 300 exemplares já foram criados por Cristina, atendendo a uma clientela diversificada que inclui famílias, colecionadores e profissionais da saúde. As bonecas são utilizadas em terapias para auxiliar no tratamento de traumas, lutos e distúrbios emocionais, proporcionando conforto e companhia a seus donos.
O sucesso do negócio de Cristina reflete uma tendência crescente no Brasil e no mundo, onde os bebês reborn ganham popularidade não apenas como objetos de coleção, mas também como ferramentas terapêuticas. Especialistas reconhecem os benefícios emocionais proporcionados por essas bonecas, embora alertem para a importância de seu uso consciente e supervisionado.
Apesar de seu sucesso, Cristina enfrenta desafios comuns aos empreendedores, como a necessidade de constante inovação e adaptação às demandas do mercado. Ela também lida com críticas e preconceitos relacionados ao seu trabalho, mas permanece firme em seu propósito de oferecer produtos que tragam conforto e alegria a seus clientes.
Para Cristina, cada bebê reborn é mais do que uma fonte de renda; é uma expressão de amor e dedicação. “Cada boneca que produzo carrega um pedaço de mim. Saber que elas ajudam as pessoas de alguma forma é o que me motiva a continuar”, afirma a artesã.