Um novo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) revelou que o Brasil se destacou nos últimos sete anos como líder em investimentos internacionais no setor de energias renováveis, superando outras economias em desenvolvimento.
Entre 2015 e 2022, o Brasil atraiu um total de 114,8 bilhões de dólares em investimentos, representando 11% dos montantes globais destinados à energia sustentável em economias emergentes. As áreas que mais investimentos receberam incluem pesquisa e desenvolvimento, baterias para veículos elétricos e agricultura sustentável. Projetos notáveis de energia solar e o mercado de carbono também foram destaque.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, 83% da matriz elétrica brasileira fornece fontes renováveis, com predominância de energia hidrelétrica, mas com crescente destaque para a geração eólica e solar.
Para especialistas, o sucesso do Brasil não apenas o consolida como uma potência em energias limpas, mas também serve como um exemplo para outras nações em desenvolvimento que buscam investir em sustentabilidade.
O professor Ivan Camargo, do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, ressalta: “Temos vantagens competitivas na transição energética e na redução de emissões de CO2, que não podemos perder. Isso torna o Brasil um exemplo a ser seguido.”
O relatório da ONU destaca que os investimentos em energia sustentável triplicaram desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015. No entanto, a maioria desses investimentos foi criada em países desenvolvidos, evidenciando a necessidade de maior apoio às economias em desenvolvimento.
Dentre outras economias emergentes, o Vietnã, o Chile e a Índia também se destacam. O Vietnã atraiu um total de 106,8 bilhões de dólares em investimentos no mesmo período, consolidando-se como um concorrente significativo no cenário global de energias limpas. O Chile, conhecido por seu potencial solar e eólico, recebeu 84,6 bilhões de dólares em investimentos. Enquanto a Índia, frequentemente associada a um rápido desenvolvimento industrial, atraiu 77,7 bilhões de dólares em investimentos.
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