Os destroços do submersível Titan foram encontrados na quinta-feira, 22, confirmando-se que o acidente ocorreu em uma implosão que causou a morte instantânea dos cinco tripulantes a bordo. No entanto, ainda há questões a serem esclarecidas. Essa tarefa é dificultada pela complexidade do resgate e pelo fato de que a embarcação está em pedaços. Recuperar os destroços do submarino, localizados a 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico e em águas internacionais, onde nenhum país tem jurisdição, é necessário. Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que ainda não é possível estabelecer uma cronologia precisa dos eventos, mas estão trabalhando para vender a causa do acidente.
Após a confirmação de que os destroços encontrados permaneceram ao submersível e que todos os ocupantes estavam mortos, um jornal dos Estados Unidos teve acesso a informações de que um sistema secreto do país detectou uma anomalia na região onde o Titan foi encontrado no domingo, sugerindo que o acidente ocorreu naquele mesmo dia. Especialistas destacam a importância de recuperar os destroços para compreender o ocorrido e a correção de erros cometidos.
É relevante ressaltar que o Titan não era uma embarcação regularizada e que não atendeu aos requisitos operacionais. Era um submersível único, fabricado com fibra de carbono e alçamento, que aguardava à empresa OceanGate e oferecia turismo para ver os destroços do Titanic por um alto valor. De acordo com a OceanGate, o Titan era o modelo mais leve e econômico entre as embarcações desse tipo e possuía um recurso exclusivo: o Monitoramento da Saúde do Casco em Tempo Real (RTM). Esse sistema permite analisar os efeitos das mudanças de pressão na estrutura do submersível, garantindo maior segurança durante as imersões.
Problemas no casco podem ter sido o principal fator que levou à implosão do submersível, causado em sua destruição. A pressão suportou nas grandes profundidades é imensa e a resistência do casco é essencial para a sobrevivência da embarcação e de seus ocupantes. Especialistas explicam que submarinos são geralmente construídos com aço e alavanca, mas o Titan era feito de fibra de carbono e alavanca. A fadiga estrutural, combinada com a diferença na coordenação de dilatação dos materiais utilizados, pode ter comprometido a integridade do casco, levando à sua implosão.
A recuperação dos restos mortais e destroços é uma questão complexa e incerta. Devido à profundidade em que se encontram, é permitido que toda a estrutura do submersível seja recuperada. Os corpos provavelmente foram gravemente deformados pela implosão, tornando difícil o resgate dos ocupantes. Além disso, o tempo decorrido e a ação de organismos marinhos dificultam a preservação dos corpos. O resgate de partes dos destroços é considerado mais viável para entender.
Imagem: fonte OceanGate