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Dia Mundial do Ceratocone: oftalmologista aponta os perigos da doença

Foto: divulgação
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Hoje, (10/11), é o Dia Mundial do Ceratocone. A data visa aumentar a conscientização sobre esta doença oftalmológica rara e fornecer esperança e apoio aos pacientes em todo o mundo. De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Ceratocone, uma entidade que reúne especialistas na área, a situação da doença no Brasil é preocupante. A maior parte dos aproximadamente 13 mil transplantes de córnea realizados anualmente no país destina-se a indivíduos que sofrem com essa condição oftalmológica.

“O ceratocone causa o afinamento progressivo e a protuberância da córnea, levando a distorções visuais, como visão embaçada e astigmatismo irregular. Em estágios avançados, o ceratocone pode ser debilitante, tornando as atividades diárias, como a leitura e a condução, extremamente difíceis”, explica a médica oftalmologista Fernanda Fernandes, que atua no tratamento de miopia, lentes de contato, córnea e doenças externas.

Os principais sinais e sintomas do ceratocone, conforme descritos pela médica Fernanda, incluem:

–      Aumento do grau dos óculos:

“A pessoa com ceratocone geralmente percebe que sua visão está piorando rapidamente e que o grau dos óculos ou lentes de contato precisa ser ajustado com mais frequência do que o normal. Isso ocorre devido às alterações na forma da córnea, que leva a mudanças na refração do olho”, diz.

–      Aumento do astigmatismo e miopia:

Fernanda conta que o ceratocone leva a um aumento no astigmatismo e, frequentemente, na miopia. Isso resulta em uma visão embaçada e distorcida.

Ela também aponta que a coceira nos olhos é um fator de risco para o desenvolvimento da doença. “Muitas pessoas que têm ceratocone relatam sentir coceira nos olhos. No entanto, é importante entender que o ceratocone em si não causa a coceira, mas sim o ato de coçar os olhos que pode levar ao desenvolvimento dessa condição”, esclarece.

É fundamental ressaltar que o ceratocone é mais comum em crianças e adolescentes e, geralmente, não manifesta sintomas em seus estágios iniciais. “O diagnóstico precoce e o acompanhamento regular são fundamentais para uma intervenção inicial, caso seja indicado”, explica a médica.