Cinco figuras importantes serão imortalizadas por escolha popular em pontos emblemáticos de São Paulo
A cidade de São Paulo se prepara para honrar e eternizar cinco figuras representativas da cultura, história e luta negra. Entre os homenageados estão a Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá, a cantora Elza Soares, Chaguinhas, o cabo condenado à morte que inspirou o nome do bairro da Liberdade, a filósofa e escritora Lélia Gonzales e o geógrafo Milton Santos.
A escolha das personalidades para a criação das estátuas surgiu de uma consulta pública à população, realizada entre 10 e 25 de novembro, como parte das celebrações do Dia da Consciência Negra. Essa ação foi vital para ampliar a representatividade, já que das 390 esculturas públicas na cidade, apenas cinco homenageavam pessoas negras.
A Secretaria Municipal de Cultura está em fase de divulgação dos locais exatos onde essas estátuas serão instaladas. Essa iniciativa é um marco para a cidade, aumentando de cinco para 15 as homenagens às personalidades negras, tornando São Paulo um cenário de reconhecimento e representatividade.
As figuras homenageadas têm papéis significantes na história do Brasil. Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá foi uma importante líder religiosa e política, mantendo e difundindo as tradições do candomblé, enquanto Elza Soares, ícone da música popular brasileira, deixou seu legado marcado por sua voz e por uma vida marcante.
A filósofa Lélia Gonzales foi uma grande ativista contra o regime militar e fundadora do Movimento Negro Unificado, enquanto Milton Santos, renomado geógrafo, desafiou o sistema capitalista com seus posicionamentos críticos e reflexões geográficas. Chaguinhas, cabo negro do Império português, tornou-se símbolo de luta após ser enforcado por reivindicar direitos salariais.
O gesto de imortalizar esses ícones representa um resgate da história e um tributo à cultura negra, marcando pontos emblemáticos da cidade de São Paulo com a contribuição dessas figuras para a sociedade brasileira.
Foto: Divulgação/PBH