No último domingo (15), o empresário Daniel Noboa, de 35 anos, assumiu a presidência do Equador, representando a Acción Democrática Nacional (Ação Democrática Nacional, em português). O resultado do segundo turno das eleições revelou uma vitória consistente, com Noboa obtendo 52,30% dos votos, enquanto sua oponente de esquerda, Luisa González, da Revolución Ciudadana (Revolução Cidadã), ligada ao ex-presidente Rafael Correa, venceu 47, 70%.
Nascido em Guayaquil, Noboa é filho do empresário Álvaro Noboa Pontón, que já concorreu à Presidência do país. Com uma trajetória política que inclui um mandato como deputado, o presidente eleito assume a carga em um momento de desafios significativos para o Equador.
Esta eleição foi marcada por um contexto de violência, culminando no trágico assassinato dos tiros do candidato Fernando Villavicencio em 9 de agosto, após um comício em Quito. Villavicencio, que chegou a aparecer em segundo lugar nas pesquisas do primeiro turno, deixou uma marca indelével no cenário político equatoriano.
Tanto Daniel Noboa quanto Luisa González adotaram medidas de segurança exclusivas ao votar, usando coletes à prova de balas, evidenciando a tensão que permeou o processo eleitoral.
As preocupações primordiais dos investidores se concentraram na economia, profundamente afetadas pela pandemia de Covid-19, o que levou à migração de milhares de equatorianos. Além disso, o aumento da criminalidade, com um crescimento nos índices de homicídios, roubos e rebeliões nas prisões, também foi um tema central.
O atual presidente, Guillermo Lasso, convocou as eleições antecipadas para evitar um processo de impeachment, sob acusação de negligência em relação aos desvios de recursos ligados a um contrato em uma empresa estatal. Lasso negou veementemente as alegações.
Daniel Noboa assumirá o governo a partir de dezembro deste ano até maio de 2025, quando o vencedor das eleições regularmente programadas assumirá a carga. Sua gestão enfrentará desafios cruciais, e o povo equatoriano aguarda com expectativa as medidas e políticas que serão aprovadas para enfrentar os problemas urgentes do país.
Foto: Marcos Pin/AFP