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Entenda a polêmica sobre o acarajé se tornar Patrimônio Histórico e Cultural do Rio de Janeiro

Foto: Divulgação/ ALERJ
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Igaria africana, símbolo baiano, agora é oficialmente reconhecida como patrimônio no Rio.

A iguaria conhecida como acarajé, originária da Nigéria mas amplamente popularizada na Bahia, conquistou o status de patrimônio cultural e histórico, embora a distância de seu berço seja mais emblemática. A Lei 10.157/23, proposta pelos deputados Renata Souza (Psol), Dani Monteiro (Psol) e Átila Nunes (MDB), foi sancionada em 24 de outubro pelo governador Cláudio Castro, conferindo tal reconhecimento à produção e comercialização dessa iguaria no estado do Rio de Janeiro.

A investigação desta situação não reside no fato de que o acarajé é considerado patrimônio no Rio de Janeiro, mas não na Bahia. Neste último estado, o título de patrimônio imaterial da cultura baiana é conferido desde 2012 ao ofício das Baianas de Acarajé, responsável pela produção e venda tradicional em tabuleiros, conforme previsto na Lei nº 14.191/2012. Por sua vez, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) iniciou a consideração do valor patrimonial desse ofício a partir de 2005.

Esta distinção curiosa surpreendeu os internautas, gerando uma onda de comentários nas redes sociais. “O registro do Ofício das baianas de acarajé como Patrimônio Cultural do Brasil, no Livro dos Saberes, é ato público de reconhecimento da importância do legado dos ancestrais africanos no processo histórico de formação de nossa sociedade e do valor patrimonial de um complexo universo cultural, que é também expresso por meio do saber dos que mantêm vivo esse ofício”, declara um documento do Iphan. “Com suas comidas, sua indumentária, seus tabuleiros e a simpatia acolhedora e carismática, as baianas de acarajé são monumentos vivos de Salvador e do Brasil.”

Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus, Receptivos e Similares do Estado da Bahia (Abam), expressa seu lamento pelo fato de o alimento não ter recebido a mesma honraria em seu estado natal, enquanto celebra este marco no Rio de Janeiro. “Espero que outros estados, como São Paulo, façam a mesma coisa, com isso vamos estar fortalecendo e salvaguardando esse legado deixado pelos nossos antepassados”, destaca.

Acarajé. Crédito: Redes sociais