Descubra as funcionalidades e polêmicas por trás do Neuralink, implantado em paciente humano
O Neuralink, chip cerebral desenvolvido pelo magnata Elon Musk, ganhou destaque mundial após o anúncio do primeiro implante em um ser humano no último domingo, 28. O bilionário, conhecido por suas empreitadas futurísticas, revelou que o dispositivo visa permitir que pessoas com limitações motoras, como paralisia, controlem dispositivos eletrônicos, computadores e celulares apenas com o poder do pensamento.
Elon Musk compartilhou a notícia em suas redes sociais, mencionando o sucesso inicial do implante: “O primeiro humano recebeu ontem (28/01) um implante da Neuralink e está se recuperando bem. Os resultados iniciais mostram uma detecção promissora de picos de neurônios […] Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um digitador rápido ou um leiloeiro. Esse é o objetivo.”
Testes e Autorização:
Antes do teste em humanos, o Neuralink foi submetido a experimentos com primatas. Vídeos divulgados pela Neuralink mostram um macaco jogando videogame apenas com o pensamento. Após essa fase, o dispositivo recebeu a autorização da FDA (Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos dos EUA) para testes em seres humanos em maio do ano passado, culminando nos recentes experimentos de janeiro de 2024.
Funcionamento e Implantação:
Denominado Telepathy (telepatia, em tradução livre), o chip cerebral possui um software que se conecta a celulares e computadores. Com o tamanho aproximado de uma moeda, ele é implantado cirurgicamente na região cerebral responsável pelo controle dos movimentos. A aplicação do chip é realizada por um robô denominado Interface Cérebro-Computador.
Qualidade de Vida e Controvérsias:
Elon Musk destaca o potencial do Neuralink para melhorar a qualidade de vida de pessoas que perderam a funcionalidade de membros do corpo, como tetraplégicos. Contudo, surgem preocupações éticas, com grupos de direitos humanos clamando por códigos de ética até a implementação de legislação específica para inteligência artificial e chips cerebrais.
Desafios e Preocupações da FDA:
Internamente, a FDA manifestou preocupações quanto à bateria de lítio do implante, ao risco de migração dos finos fios do dispositivo para outras áreas cerebrais e à possibilidade de remoção sem danos ao tecido cerebral. Essas preocupações refletem as questões éticas e práticas que envolvem a inserção de tecnologia no cérebro humano.
Perspectivas Futuras:
Apesar de não ser uma ideia nova na comunidade científica, a proposta de Musk é lançar o Neuralink para o mercado de massa, visando proporcionar autonomia a qualquer pessoa que tenha perdido movimentos. A evolução desse projeto e sua aceitação levantam questões importantes sobre ética, regulamentação e o papel da inteligência artificial na medicina.
Foto: Reprodução/Neuralink