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Equipe de refugiados ganha primeira medalha da história ao assegurar bronze no Boxe

Foto: Richard Pelham/Getty Images
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Cindy Winner Djankeu Ngamba, refugiada de Camarões, avança à semifinal da categoria até 75 kg

Neste domingo, a Equipe de Refugiados dos Jogos Olímpicos conquistou sua primeira medalha histórica. Cindy Winner Djankeu Ngamba, uma pugilista de Camarões, venceu a francesa Davina Michel nas quartas de final do boxe na categoria até 75 kg, garantindo pelo menos o bronze nas Olimpíadas de Paris.

Esta conquista marca a primeira vez que a equipe de refugiados chega ao pódio desde sua criação para os Jogos Rio-2016. Ngamba ainda tem a chance de disputar o ouro, enfrentando Atheyna Bibeichi Bylon, do Panamá, na semifinal no próximo dia 8, às 17h15 (horário de Brasília).

No boxe olímpico, os atletas que chegam às semifinais asseguram pelo menos a medalha de bronze. Portanto, mesmo que seja derrotada na próxima luta, Ngamba já garantiu uma honraria em Paris.

Cindy Ngamba treina na Inglaterra e compete pela Equipe de Refugiados porque não pode retornar a Camarões. Sua orientação sexual, a homossexualidade, é criminalizada em seu país de origem. Aos 20 anos, ela quase foi deportada por ainda não possuir o passaporte britânico, condição que ainda busca. Caso fosse deportada, poderia enfrentar agressões ou prisão em Camarões.

Ngamba foi convidada a competir pelo time de refugiados em Paris, que nesta edição dos Jogos reuniu o maior número de atletas até agora. São 36 atletas classificados como refugiados pela ONU (Organização das Nações Unidas), competindo sob a bandeira do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Para comparação, há oito anos no Rio de Janeiro, a equipe de refugiados contava com 10 atletas. Em Tóquio, esse número subiu para 29. Finalmente, em Paris, a equipe conseguiu subir ao pódio graças a Ngamba, que já garantiu pelo menos o bronze no boxe.

A pugilista camaronesa, agora com a possibilidade de alcançar a final, segue como um símbolo de resistência e conquista para os atletas refugiados de todo o mundo. Sua história não é apenas um marco para a Equipe de Refugiados, mas também uma inspiração para milhões de pessoas que enfrentam adversidades semelhantes.