Revista Nova Imagem - Portal de Notícias

Nos acompanhe pelas redes sociais

Escândalo no futebol: MP-GO denuncia 16 investigados por fraudes em jogos

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on linkedin
Share on email

O Ministério Público de Goiás recebeu expectativas de manipulação de resultados em uma partida do campeonato goiano no início deste ano. A operação Penalidade Máxima descobriu que apostadores tentaram cooptar jogadores para manipular situações de jogo, como receber cartões, cometer pênaltis e conseguir escanteios. No entanto, em uma partida específica entre Goiás e Goiânia, os ansiosos sugeriram que a pressão foi mais ampla, com influência direta no resultado.

Transcrições de conversas por aplicativos, depósitos bancários e comprovantes de apostas obtidos pelo Ministério Público sugerem que o jogo foi armado para terminar com a derrota do Goiânia ao fim do primeiro tempo. Bruno Lopez, apontado pela operação como líder do esquema de manipulação, negociou com Denner Barbosa, jogador com contatos no futebol goiano, para cooptar jogadores do Goiânia. Denner sugere que tem um tempo em Goiás com toda a defesa cooptada e sugere uma derrota no primeiro tempo ao apostador.

Bruno ofereceu R$ 10 mil para cada jogador e envia o comprovante de um depósito de R$ 20 mil na conta de Denner como adiantamento do negócio. Após o jogo, a dupla comemorou o resultado. O promotor Francisco Cesconeto já havia mencionado a interferência dos apostadores nesse jogo em progressão anterior da investigação.

Bruno Lopez está preso preventivamente e seu advogado não respondeu às mensagens do Jornal Nacional. Denner Barbosa foi interrogado pelo Ministério Público e não foi denunciado. Seu advogado afirmou que ele fingiu que participaria do esquema para receber um dinheiro de uma dívida antiga que Bruno Lopez tinha com ele. O lateral-esquerdo Marçal, do Botafogo, também contou que foi contactado por um aliciador.

Sete dos 16 réus da fase atual da investigação são atletas. O lateral-esquerdo Pedrinho e o volante Bryan Garcia, ambos do Atlético Paranaense, não apareceram na denúncia, mas o clube decidiu rescindir o contrato com eles. Na operação, os nomes dos dois atletas constam numa planilha de apostadores. A direção do Goiânia declarou que ainda não teve acesso ao processo e espera que os ponderassem punam quem tenha cometido qualquer crime.

Fotos: Reprodução/Divulgação/MPGO