Documentos revelam obrigações rigorosas impostas a solicitadas e novas denúncias de abuso sexual
O rapper Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, está no centro de uma controvérsia crescente, com novas informações sendo reveladas a respeito de suas festas privadas, conhecidas como “freak-offs”. O tablóide americano TMZ obteve documentos que detalharam um acordo de confidencialidade de que todos os pedidos eram obrigados a concordar, revelando as diversas restrições impostas a eles.
De acordo com o documento, os convidados eram proibidos de compartilhar qualquer informação sobre P. Diddy ou pessoas próximas a ele, incluindo familiares, amigos e parceiros comerciais. Além disso, havia proibições explícitas sobre dar entrevistas ou escrever livros sobre suas experiências nas festas, sem o consentimento prévio por escrito do rapper. Essa cláusula de confidencialidade tem validade de 70 anos ou pelo restante da vida de Diddy, acrescido de 20 anos, prevalecendo sempre o período mais longo.
As festas em questão estão sendo comprovadas sob um novo prisma após uma série de denúncias graves de abuso sexual. Mais de 120 denúncias foram feitas contra P. Diddy, apresentadas pelo advogado Tony Buzbee. Uma das declarações mais chocantes envolve uma mulher que, agora com 37 anos, afirma ter sido estuprada por Diddy quando tinha apenas 13 anos, em uma festa que ocorreu após o evento dos MTV Video Music Awards (VMAs) em 2000.
Segundo relatos, um jovem teria procurado um transporte para participar das festas de alto nível que costumavam seguir os VMAs e, após ser abordado por um homem que se acordou como funcionário de Diddy, foi levado para uma dessas celebrações. Ao chegar, a mulher foi obrigada a concordar com um contrato de confidencialidade antes de consumir bebidas alcoólicas. Ela alegou que, após sentir-se tonta, encontrou um quarto para descansar, onde foi atacado. Durante o incidente, Diddy, junto com outros dois indivíduos não identificados, teria participado de ato de violência sexual.
Essas novas histórias, somadas ao conteúdo do acordo de confidencialidade, geraram um clamor por justiça e levantaram questões sobre a cultura de silêncio e encobrimento em torno de figuras poderosas na indústria do entretenimento. Enquanto as investigações prosseguem, muitos se perguntam se a indústria finalmente está disposta a enfrentar as realidades sombrias que permeiam seu funcionamento.

Foto: Jutharat Pinyodoonyachet/The New York Times