Nova York, 20 de setembro – A preservação da Amazônia e dos povos indígenas brasileiros ganha destaque na cidade que nunca dorme. Além do Pacto Global e da Semana do Clima, o evento Pororoca ecoou no Central Park, trazendo as vozes dos povos da Amazônia para os corações novos-iorquinos. Defendendo a biodiversidade, o evento uniu indígenas, músicos, bailarinos e artistas visuais como ativistas na luta pela causa ambiental.
Para esta ocasião especial, a primeira-dama Janja escolheu um vestido deslumbrante do estilista Maurício Duarte. Membro da etnia Kaixana, oriundo da Amazônia, Maurício fez história ao ser o primeiro designer indígena a desfilar no São Paulo Fashion Week, em maio deste ano, apresentando a coleção “Tramas”, que celebra o artesanato e a cestaria das diversas etnias do norte do país.
Nascido em Manaus, Maurício passou parte de sua infância em Iranduba, numa comunidade formada por indígenas e povos ribeirinhos. Após iniciar seus estudos em desenho industrial, uma vitória em um concurso de vitrinismo do Senai proporcionou uma bolsa para cursar moda na Faculdade Santa Marcelina. Com a mudança para São Paulo, em 2019, abriu seu primeiro ateliê após concluir sua formação.
Para o evento Pororoca em Nova York, Janja deslumbrou com um vestido da coleção anterior de Duarte, intitulado “Igarapé”, que exibe estampas inspiradas na visão via satélite do rio homônimo, um dos maiores e mais majestosos da floresta amazônica. Ao longo de sua agenda em Nova York, Janja ainda irá desfilar mais criações de Maurício Duarte, representando o Brasil e os povos indígenas nos Estados Unidos.
Janja em evento da agenda climática em Nova York — Foto: Divulgação
Fonte: Vogue Moda