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Estrela mais brilhante do Olimpo brasileiro, Rebeca Andrade é ouro no solo em Paris

Crédito: Ricardo Bufolin/CBG
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Foi a quarta medalha da ginasta nas Olimpíadas 2024 e a sexta em sua história olímpica; Simone Biles cometeu erros de execução e ficou com a prata

Rebeca Andrade, a estrela mais brilhante do Olimpo brasileiro, conquistou o ouro na final do solo na manhã desta segunda-feira (5), na Bercy Arena, em Paris. A ginasta, visivelmente emocionada, se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil em todos os tempos com essa vitória. Esse triunfo representa a quarta medalha de Rebeca nas Olimpíadas de 2024 e a sexta em sua carreira olímpica, consolidando seu lugar na história do esporte brasileiro.

Emoção e redenção

O dia começou difícil para Rebeca, que falhou na final da trave e ficou fora do pódio. Menos de uma hora depois, ela levantou a cabeça e entregou uma performance impecável no solo. Com uma apresentação belíssima, marcada por chegadas praticamente cravadas ao fim de cada acrobacia, Rebeca emocionou o público e os jurados. Sua nota final foi 14.166, garantindo o ouro. Simone Biles, apesar de suas acrobacias incríveis, cometeu erros de execução que a deixaram com a medalha de prata, enquanto a americana Jordan Chiles levou o bronze.

A conquista histórica

Com essa medalha, Rebeca Andrade ultrapassou os cinco pódios dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. A ginasta já havia mencionado que poderia deixar de competir no solo devido ao desgaste nos joelhos, que já passaram por três cirurgias de ligamento cruzado anterior (LCA). Se essa foi sua despedida do solo, Rebeca fechou com chave de ouro, entregando uma apresentação que combinou graça, leveza e acrobacias impressionantes.

Desempenho em Paris 2024

Além do ouro no solo, Rebeca sai de Paris com duas pratas, no salto e no individual geral, e um bronze por equipes. Em sua carreira olímpica, ela acumula também um ouro no salto e uma prata no individual geral em Tóquio 2020. Essas conquistas somam seis pódios em duas edições dos Jogos Olímpicos.

A performance de Rebeca no solo

Rebeca trocou o collant grená da trave por um azul lindíssimo para o solo, o que pareceu trazer sorte. Ela cravou todas as quatro chegadas de acrobacia, entregou uma coreografia cheia de graça e levantou o público presente na Bercy Arena. A ginasta começou sua série com uma pose de diva, ao som de “End of Time” de Beyoncé, e seguiu com uma pirueta para frente, um flic flac e um Tsukahara grupado, duplo mortal com as pernas encolhidas, emendado com uma pirueta.

No segundo trecho, Rebeca executou um Tsukahara esticado, duplo mortal com as pernas estendidas, a acrobacia mais potente de sua apresentação. Antes da terceira diagonal, ela fez um salto ginástico chamado cadete com pirueta, interpretou a música com coreografia e seguiu para o Mustafina, um giro triplo com a perna alta. Em uma homenagem à sua performance em Tóquio, Rebeca repetiu o famoso passo de dança com soquinhos no ar e seguiu para um duplo mortal esticado. Ela encerrou sua apresentação com um duplo mortal carpado, ao som de um trecho de “Baile de Favela”.

O desempenho de Simone Biles

Simone Biles, conhecida pelo alto grau de dificuldade de suas acrobacias, cometeu erros ao pisar fora do tablado duas vezes e teve falhas de postura. Apesar disso, realizou acrobacias impressionantes e tirou 14.133, o que lhe garantiu a prata. Simone sai de Paris com ouro no individual geral, no salto e por equipes, além da prata no solo.

Rebeca Andrade, com sua determinação e talento, continua a inspirar o Brasil e o mundo, solidificando seu legado como uma das maiores ginastas de todos os tempos.

Assista ao vídeo completo da competição clicando aqui.

Rebeca Andrade com a bandeira do Brasil ganhar ouro no solo. Crédito: Naomi Baker/Getty Images