Pesquisa realizada por cientistas do Beth Israel Deaconess Medical Center revela que inteligência artificial obteve resultados igualmente precisos, porém com mais informações incorretas no raciocínio clínico
Cientistas do Beth Israel Deaconess Medical Center, um hospital afiliado à Universidade de Harvard, realizaram um estudo revelador sobre o uso de inteligência artificial em diagnósticos médicos. Segundo a pesquisa publicada na revista JAMA Internal Medicine, o ChatGPT-4, uma forma de IA, demonstrou capacidade igual ou superior à de médicos em avaliações de casos clínicos.
A análise comparativa foi realizada em 20 casos, nos quais médicos assistentes, residentes e o ChatGPT-4 forneceram diagnósticos e justificativas. Utilizando o r-IDEA, um modelo de avaliação para raciocínio clínico, os pesquisadores identificaram que o ChatGPT-4 superou os profissionais humanos na pontuação média, obtendo a nota máxima de 10, enquanto os médicos assistentes alcançaram nove e os residentes, oito.
Embora tenha apresentado resultados igualmente precisos em termos de diagnóstico, a IA demonstrou ter mais informações incorretas em seu raciocínio clínico do que os profissionais de saúde. Os pesquisadores destacam que a ferramenta pode ser útil para auxiliar nos diagnósticos e prevenir erros, mas enfatizam que não substitui a expertise médica.
A Dra. Stephanie Cabral, autora principal do estudo e residente de terceiro ano de medicina no BIDMC, ressalta que a IA pode melhorar a interação paciente-médico, reduzindo ineficiências e permitindo que os profissionais se concentrem mais nas conversas com os pacientes. No entanto, a integração da IA aos raciocínios clínicos ainda requer mais estudos para determinar sua eficácia e limitações.
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