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Estudo Revela Predominância de Estudantes Brancos nos Cursos de Medicina no Brasil

Foto: Reprodução/Freepik
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Levantamento aponta que 68,6% dos alunos de medicina são brancos, evidenciando desigualdades raciais e socioeconômicas no acesso ao ensino superior na área da saúde.

Um recente estudo intitulado “Demografia Médica no Brasil 2025”, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e a Associação Médica Brasileira (AMB), revelou que 68,6% dos estudantes matriculados em cursos de medicina no país são brancos. O levantamento, baseado em dados do Censo da Educação Superior de 2023, destaca a persistente desigualdade racial no acesso ao ensino superior na área da saúde.

Segundo o estudo, os pardos representam 25,7% dos alunos, enquanto os pretos correspondem a apenas 3,5%. Estudantes amarelos e indígenas somam 1,8% e 0,4%, respectivamente. Esses números evidenciam a sub-representação de grupos étnico-raciais historicamente marginalizados nos cursos de medicina, refletindo desigualdades estruturais no sistema educacional brasileiro.

Além da questão racial, o levantamento também aponta disparidades socioeconômicas. A maioria dos estudantes de medicina (66%) cursou o ensino médio em escolas privadas, enquanto apenas 34% vieram de escolas públicas. Essa diferença reforça o impacto das condições socioeconômicas no acesso a cursos de alta concorrência e custo elevado, como medicina.

No que diz respeito ao gênero, as mulheres são maioria nos cursos de medicina, representando 61,8% dos matriculados, um aumento de 8,1 pontos percentuais em relação a 2010. Homens correspondem a 38,2% dos estudantes. Quanto à faixa etária, 60,9% dos alunos têm até 24 anos, 25,3% estão entre 25 e 29 anos, 6,7% entre 30 e 34 anos, e 7,1% têm 35 anos ou mais.

O estudo também destaca que 77,7% dos estudantes de medicina frequentam instituições privadas, enquanto 22,3% estão em universidades públicas. Entre os alunos de instituições públicas, 39,3% ingressaram por meio de programas de reserva de vagas, como cotas raciais e sociais. Nas instituições privadas, 23% dos estudantes utilizam financiamento estudantil para custear os estudos.

Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para promover a equidade racial e socioeconômica no acesso ao ensino superior, especialmente em cursos como medicina, que têm impacto direto na qualidade e representatividade dos profissionais de saúde no país.