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Falece Michael Gambon, o icônico Dumbledore de “Harry Potter”, aos 82 anos

Foto: Reprodução
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Ator também brilhou como Rei George V em “O Discurso do Rei”

Londres, 28 de Setembro de 2023 – O renomado ator irlandês Michael Gambon, famoso por sua interpretação do professor Alvo Dumbledore na saga cinematográfica “Harry Potter”, faleceu nesta quinta-feira aos 82 anos.

A notícia foi confirmada pela agência estatal de notícias do Reino Unido, PA Media, que citou um comunicado da família informando que Gambon faleceu pacificamente no hospital.

Com uma carreira que abrangeu décadas, Gambon iniciou sua trajetória nos palcos nos anos 1960, posteriormente destacando-se na televisão e no cinema. Entre seus papéis memoráveis nas telonas estão o líder psicótico da máfia em “O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante” (1989), de Peter Greenaway, e o idoso Rei George V em “O Discurso do Rei” (2010), dirigido por Tom Hooper.

No entanto, foi como Alvo Dumbledore que Gambon se tornou uma figura icônica, assumindo o papel a partir do terceiro filme da franquia “Harry Potter” em 2004, após o falecimento de Richard Harris. O ator, modesto quanto aos elogios, costumava dizer que sua atuação se resumia a usar “uma barba grudada e um manto longo”.

Nascido em 19 de outubro de 1940 em Dublin, Gambon mudou-se para Londres com sua família aos seis anos. Sua paixão pela atuação o levou a abandonar os estudos aos 15 anos para se dedicar à engenharia, e aos 21 já era completamente qualificado. Inspirado por Marlon Brando e James Dean, Gambon via neles a expressão da angústia adolescente.

Em 1962, após um teste bem-sucedido para Sir Laurence Olivier, tornou-se membro fundador do National Theatre no Old Vic, ao lado de jovens talentos como Derek Jacobi e Maggie Smith.

Gambon consolidou sua reputação nos palcos ao longo dos anos, destacando-se especialmente como Galileu em “A Vida de Galileu” (1980), dirigido por John Dexter.

A década de 1980 o trouxe à atenção do público com seu papel principal na série de TV “The Singing Detective” (1986), onde interpretava um escritor que enfrentava uma doença de pele debilitante, usando sua imaginação como única válvula de escape. Esse desempenho lhe rendeu um dos seus quatro prêmios BAFTA.

Ao longo de sua carreira, Gambon foi agraciado com três prêmios Olivier e dois prêmios Screen Actors Guild, pelos filmes “Gosford Park” e “O Discurso do Rei” (2001).

Em 1992, foi nomeado Comandante do Império Britânico, e em 1998, cavaleiro pelos serviços prestados ao teatro, honraria que ele humildemente considerou como “um belo presente”, embora raramente tenha usado o título.

Conhecido por sua natureza brincalhona, Gambon era mestre em contar histórias. Por anos, exibiu uma foto autografada por Robert De Niro, que ele mesmo havia inscrito antes mesmo de conhecer o famoso ator.

Em uma participação no programa “The Late Late Show” na Irlanda, revelou ter convencido sua mãe de que era amigo do Papa.

Gambon se despediu dos palcos em 2015, devido a problemas de memória de longo prazo, mas continuou a brilhar nas telas até 2019. Em 2002, em uma entrevista, expressou sentir-se “o homem mais sortudo do mundo” por seu ofício.

O ator foi casado com Anne Miller desde 1962 e tiveram um filho. Embora nunca tenham oficializado o divórcio, Gambon teve uma companheira posteriormente, a cenógrafa Philippa Hart, 25 anos mais jovem, com quem teve dois filhos.

A partida de Michael Gambon deixa uma lacuna imensa no mundo do entretenimento, sendo lembrado não apenas como um talentoso ator, mas também como um ser humano adorado por sua autenticidade e espírito brincalhão.

Foto: Divulgação