Lumipulse G oferece alternativa menos invasiva e mais acessível para detectar placas amiloides no cérebro, marcando avanço significativo na luta contra a doença
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou, em 16 de maio de 2025, o primeiro exame de sangue destinado a auxiliar no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer. Desenvolvido pela empresa japonesa Fujirebio Diagnostics, o teste denominado Lumipulse G pTau217/β-Amyloid 1-42 Plasma Ratio representa uma alternativa menos invasiva e mais acessível em comparação aos métodos tradicionais, como punções lombares e tomografias por emissão de pósitrons (PET).
O exame é indicado para adultos com 55 anos ou mais que apresentem sinais e sintomas de declínio cognitivo. Ele funciona medindo a proporção entre duas proteínas no plasma sanguíneo: pTau217 e beta-amiloide 1-42. Essa proporção está correlacionada com a presença de placas amiloides no cérebro, uma das principais características patológicas do Alzheimer. Embora o teste não detecte diretamente as placas, ele pode sinalizar sua presença, auxiliando os médicos na avaliação diagnóstica da doença.
A aprovação do Lumipulse G é considerada um marco na detecção do Alzheimer, pois oferece uma opção mais prática e econômica para identificar a doença em estágios iniciais. Estudos clínicos demonstraram alta precisão do teste, com mais de 90% de correlação entre os resultados positivos e a confirmação por exames de imagem tradicionais.
Além de facilitar o diagnóstico, o novo exame pode ampliar o acesso a tratamentos recentes aprovados pela FDA, como o Leqembi (lecanemabe) e o Kisunla (donanemabe), que atuam na remoção de placas amiloides e requerem confirmação da presença dessas placas antes do início da terapia. A utilização do teste em ambientes de atenção primária pode permitir intervenções mais precoces, potencialmente retardando a progressão da doença.
O FDA ressalta que o Lumipulse G deve ser utilizado como parte de uma avaliação clínica abrangente, incluindo histórico médico, exames neurológicos e outras ferramentas diagnósticas. O teste não é recomendado para indivíduos assintomáticos, devido ao risco de resultados falso-positivos ou falso-negativos.
Com a aprovação do Lumipulse G, espera-se que o diagnóstico do Alzheimer se torne mais acessível e eficiente, beneficiando milhões de pessoas afetadas pela doença e seus familiares. A inovação representa um avanço significativo na luta contra o Alzheimer, oferecendo esperança para um futuro com diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes.