A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abre chamada pública para financiar iniciativas que promovam a saúde em favelas do Rio de Janeiro. O edital, com um montante de R$ 5,5 milhões, visa apoiar projetos de até R$ 100 mil desenvolvidos por organizações sociais, com preferência para a atuação em rede.
A proposta é que, a partir do segundo semestre de 2024, cerca de 55 projetos sejam contemplados por essa iniciativa, parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro. Esse plano é fruto de uma parceria entre a Fiocruz, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), instituições de ensino e o setor privado.
Richarlls Martins, coordenador executivo do plano, destaca a intenção de incentivar projetos que articulem o direito à saúde com outras áreas, como segurança alimentar, comunicação em saúde, saneamento básico, educação e promoção da saúde nas escolas.
O Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro surgiu durante a pandemia de COVID-19, com recursos doados pela Alerj. Seu objetivo inicial era auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade durante a emergência sanitária e contribuir com o Sistema Único de Saúde (SUS).
As ações já realizadas incluem a construção de cozinhas comunitárias, distribuição de cestas básicas, apoio escolar, capacitação profissional, grupos terapêuticos, projetos de agroecologia e iniciativas de comunicação.
Desde 2020, o projeto já atuou em favelas da capital fluminense e em outros 17 municípios do estado. O objetivo agora é ampliar o alcance, incluindo mais cidades.
O lançamento da chamada pública ocorrerá em um evento na quadra da escola de samba Mangueira, reunindo parceiros do Plano Integrado de Saúde e representantes de 90 organizações sociais apoiadas por ele.
Favelas da Maré – Foto: Reprodução