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Grifes como Chanel, Prada e Dior se rendem ao e-commerce para expandir mercado

Budrul Chukrut/SOPA Images/LightRocket/Getty Images
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Joana Laprovitera, diretora de marca, é uma das exceções no mercado de luxo. Ela aderiu às compras online desde o surgimento dos primeiros sites de moda e, com o tempo, passou a adquirir itens de luxo também. “A comodidade e a economia de tempo são os principais motivos que me levam a comprar online”, diz ela, que ainda aprecia o contato humano das lojas físicas.

No entanto, marcas renomadas como Chanel, Hermès, Prada, Dior, Hugo Boss e Estée Lauder estão ampliando suas presenças online em busca dos clientes de alta renda. O desafio para essas grandes “maisons de luxo” é transportar a experiência premium das lojas físicas, que incluem até mesmo oferecer champanhe aos clientes, para o ambiente virtual, sem perder a exclusividade característica.

De acordo com a consultoria Statista, o mercado de produtos de luxo no Brasil deve faturar US$ 2,85 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) neste ano, representando um aumento de 4,2% em relação a 2022. As operações online devem corresponder a 4,8% desse montante.

Para Katherine Sresnewsky, coordenadora do hub de moda e luxo da ESPM, o sucesso do e-commerce de luxo dependerá de como os sites conseguirão reproduzir as experiências oferecidas pelas lojas físicas. “Aquele que entender a dinâmica do varejo físico e transportá-la para o ambiente virtual será bem-sucedido”, afirma.

Nesse sentido, a marca Carol Bassi é um exemplo de empresa direcionada para a alta renda que decidiu investir no e-commerce, operando seu próprio site há nove meses. Atualmente, cerca de 20% do faturamento da marca ocorre por meio das vendas online, mesmo possuindo três lojas físicas. O diretor de e-commerce do grupo, Flávio Spacca, revela que aproximadamente 60% das clientes que compram no site não frequentam as lojas físicas, e 40% são de estados onde a marca não possui filiais.

Katherine, da ESPM, reforça a descentralização da demanda de luxo no Brasil, destacando que há consumidores interessados em produtos de luxo em todas as regiões do país, incluindo o Amazonas e a Bahia. É um mercado promissor para as marcas que souberem explorar o potencial do e-commerce de luxo.

Foto/Thinkstock