Primeiro caso em granja comercial no RS leva a medidas rigorosas de contenção, mas especialistas garantem segurança alimentar para a população
O Brasil registrou, em maio de 2025, seu primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial, localizada no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A detecção do vírus levou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a declarar estado de emergência zoossanitária por 60 dias em todo o território nacional, visando conter a disseminação da doença.
Em resposta imediata, todas as aves do plantel afetado foram sacrificadas, os ovos destruídos e a área isolada. Medidas de biossegurança foram intensificadas para evitar a propagação do vírus para outras regiões e propriedades.
Apesar da gravidade do caso, autoridades sanitárias e especialistas asseguram que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro. O vírus H5N1 não resiste a altas temperaturas, sendo eliminado durante o cozimento adequado dos alimentos. A recomendação é evitar o consumo de produtos crus ou mal cozidos, como ovos com gema mole, prática já indicada para prevenir outras infecções alimentares.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destacou que o caso marca uma nova etapa na presença do vírus no Brasil, anteriormente restrito a aves silvestres e de criação caseira. A entidade reforça que o risco de infecção humana permanece baixo e que o consumo de frango e ovos é seguro, especialmente quando bem cozidos.
O surto levou à suspensão temporária das importações de carne de frango brasileira por parte de cinco países e da União Europeia. O Japão, por sua vez, restringiu as importações apenas aos produtos oriundos da cidade gaúcha onde o vírus foi detectado.
Especialistas enfatizam que a transmissão do vírus para humanos é rara e ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas. Para a população em geral, o risco é considerado muito baixo.
O Ministério da Agricultura e Pecuária continua monitorando a situação e adotando medidas preventivas para garantir a segurança alimentar e a saúde pública. A população é orientada a seguir as recomendações de higiene e cozimento adequado dos alimentos, mantendo a confiança no consumo de produtos avícolas.