Médicos dos EUA realizam 2º transplante do tipo no mundo
Lawrence Faucette, de 58 anos, recebeu um coração de porco geneticamente modificado em uma cirurgia realizada na quarta-feira (20) na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
O paciente, que tem uma doença cardíaca em estágio terminal, foi considerado inelegível para um transplante tradicional.
A cirurgia foi um sucesso e o coração está funcionando bem, sem assistência de dispositivos de suporte.
Como funciona o transplante de coração de porco
Os médicos removem o coração de um porco saudável e o modificam geneticamente para torná-lo menos suscetível à rejeição pelo sistema imunológico do paciente.
As modificações incluem a remoção de genes que codificam açúcares que podem desencadear uma resposta imune, bem como a adição de genes humanos que ajudam a suprimir a rejeição.
Por que precisamos de órgãos de outras espécies
A busca por órgãos de outras espécies é motivada pela escassez de órgãos humanos disponíveis para transplante.
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), cerca de 45 mil pessoas estão na fila de espera por um transplante de órgão no Brasil.
Outras técnicas para sanar a escassez de órgãos
Além do transplante de coração de porco, outras técnicas estão sendo desenvolvidas para sanar a escassez de órgãos, como a criopreservação.
A criopreservação é uma técnica que consiste em resfriar os órgãos para temperaturas extremamente baixas, o que permite que eles sejam armazenados por longos períodos de tempo sem perder suas funções.
Próximos passos
Os médicos que realizaram o transplante de coração de porco em Lawrence Faucette estão monitorando o paciente de perto para avaliar a segurança e a eficácia do procedimento.
Se o transplante for bem-sucedido, ele pode abrir caminho para o uso mais amplo de órgãos de outras espécies para transplante.
Foto: Universidade de Maryland