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Inverno começa hoje, confira como será a influência do El Niño

Imagem: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A partir das 11h58 desta quarta-feira, o inverno iniciará oficialmente.

No entanto, devido à influência do fenômeno meteorológico conhecido como El Niño, espera-se que a estação mais fria do ano seja menos rigorosa, devido a temperaturas mais elevadas. O El Niño é responsável por elevar as temperaturas e pode impactar o clima em diferentes regiões do Brasil.

Norte:

  • Prevê-se que as chuvas invadem abaixo da média, especialmente nas áreas mais equatoriais, devido ao El Niño.
  • As temperaturas devem ser acima da média na maior parte da região, com a possibilidade de episódios de friagem em Rondônia, Acre e sul do Amazonas.
  • Devido à falta de chuvas no sul da Amazônia e às altas temperaturas, aumenta o risco de queimadas e incêndios florestais.

Nordeste:

  • Espera-se menos chuva em geral, com exceção do interior nordestino, que pode ter volume de chuva próximo da média.
  • As temperaturas serão mais altas do que a média na maior parte do Nordeste, enquanto as áreas próximas ao litoral devem ter temperaturas dentro da média.

Centro-Oeste:

  • Prevê-se chuvas abaixo da média histórica em toda a região, tiveram diminuição da umidade relativa do ar, que pode ficar abaixo de 30% e atingir picos inferiores a 20%.
  • As temperaturas devem ser mais altas do que o normal, devido à presença de massas de ar seco e quente. Pode haver formação de geada em Mato Grosso do Sul e episódios de friagem em Mato Grosso.
  • É comum a formação de nevoeiros devido às inversões térmicas pela manhã, o que reduz a visibilidade em estradas e aeroportos.
  • O risco de incêndios florestais é maior devido ao clima mais seco e às temperaturas elevadas.

Sudeste:

  • As chuvas devem ficar próximas da média, mas podem se intensificar no litoral sul da região devido à passagem de frentes frias.
  • As temperaturas serão acima do normal para o inverno, com possibilidade de geada em pontos isolados.
  • Pela manhã, as inversões térmicas podem causar a formação de nevoeiros, a visibilidade em estradas e aeroportos.

Sul:

  • Prevê-se chuvas próximas ou acima da média no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enquanto no Paraná espera-se chuvas abaixo da média.
  • Nas áreas serranas e planaltos da Região Sul, pode ocorrer formação de geada e queda de neve.
  • As temperaturas permaneceram acima da média na maior parte do inverno, embora a chegada de massas de ar polar ocasionalmente cause quedas de temperatura e geada nas áreas mais altas.
  • Assim como em outras regiões, os nevoeiros matinais devido às inversões térmicas podem afetar a visibilidade em estradas e aeroportos.
  • É importante ressaltar que a Região Sul ainda se recupera dos impactos de um ciclone extratropical que causou mortes recentemente. Alerta-se para o risco de temporais em julho, maior chance de geada e neve em agosto, e ondas de calor em setembro.

O El Niño é um fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Após três anos de duração do fenômeno oposto, conhecido como La Niña, o El Niño começou a se manifestar com o rápido aquecimento das águas do Pacífico Equatorial nos últimos meses.

Esse fenômeno afetou a distribuição das chuvas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. O El Niño resulta em ar mais seco, dificultando a formação de chuvas, e também dificultando o avanço de frentes frias, o que torna as quedas de temperatura menos intensas e de curta duração.

É importante destacar que a variabilidade climática, como o El Niño, difere da mudança climática, que envolve mudanças permanentes nos padrões climáticos. No entanto, as mudanças climáticas podem afetar esses controles de variabilidade, pois a circulação dos oceanos pode ser modificada, impactando o clima global.

Existe a possibilidade de o El Niño se intensificar e se tornar um Super El Niño, conforme indicamos diversos modelos. A probabilidade é de alta probabilidade de persistência do fenômeno nos próximos meses, podendo se estender até a primavera.

Imagem: BBC