Canoísta brasileiro faz história em Paris 2024, alcançando cinco pódios e se igualando aos maiores atletas olímpicos do país.
Isaquias Queiroz, aos 30 anos, consolidou ainda mais sua posição entre os maiores atletas olímpicos do Brasil ao conquistar a medalha de prata na prova de C1 1.000 metros nas Olimpíadas de Paris 2024. Com este resultado, Isaquias chega à sua quinta medalha olímpica, empatando com os icônicos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael no número de pódios conquistados por brasileiros na história dos Jogos.
A prova, realizada na sexta-feira, 9 de agosto, foi marcada por uma intensa disputa. Isaquias, que já havia mostrado sua resiliência em competições anteriores, largou atrás dos rivais e chegou a ocupar a quinta colocação na marca dos 750 metros. No entanto, com uma recuperação impressionante no trecho final, ele superou seus concorrentes um a um, assegurando a segunda posição com o tempo de 3min44s33, a apenas 1 segundo e 17 centésimos do campeão, o tcheco Martin Fuksa, que levou o ouro com 3min43s16. O bronze ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia, que completou a prova em 3min44s68.
Com essa conquista, Isaquias Queiroz se junta a Scheidt e Grael no seleto grupo de brasileiros com cinco medalhas olímpicas, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, que soma seis medalhas. Rebeca, que também fez história em Paris 2024, conquistou duas medalhas nos Jogos, incluindo um ouro.
Jornada em Paris 2024
Os dias de Isaquias em Paris foram de altos e baixos. A expectativa era alta, especialmente com a possibilidade de igualar ou superar o recorde de pódios de Rebeca Andrade. O baiano foi escolhido como porta-bandeira do Time Brasil na Cerimônia de Abertura, ao lado de Raquel Kochhann, jogadora de rugby sevens.
Em sua principal prova, o C1 1.000 metros, Isaquias mostrou sua qualidade ao avançar direto para a semifinal com o tempo de 3min53s94 na bateria de qualificação. Na semifinal, ele melhorou ainda mais seu desempenho, registrando 3min44s80, o que lhe garantiu a segunda colocação e a vaga na final.
Além do C1 1.000 metros, Isaquias competiu também no C2 500 metros ao lado de Jacky Godmann, seu parceiro nos Jogos de Tóquio 2020. Contudo, a dupla enfrentou dificuldades em Paris. Na bateria de qualificação, começaram bem, mas perderam ritmo, o que os obrigou a disputar as quartas de final, onde conseguiram a liderança com o tempo de 1min38s78.
Na semifinal, novamente tiveram um bom desempenho, marcando 1min39s95 e garantindo a vaga na final com a terceira colocação. No entanto, na disputa pela medalha, a dupla não conseguiu manter o mesmo ritmo e terminou a prova na última posição, com 1min42s58.
Legado Olímpico e além
Com a medalha de prata conquistada em Paris, Isaquias Queiroz reforça seu status como um dos maiores esportistas do Brasil. Além das conquistas olímpicas, seu currículo é adornado com sete ouros em campeonatos mundiais e três em Jogos Pan-Americanos.
A trajetória de Isaquias nas Olimpíadas começou em grande estilo na Rio 2016, onde conquistou duas pratas (C1 1.000m e C2 1.000m) e um bronze (C1 200m). Já em Tóquio 2020, o atleta alcançou o topo do pódio ao conquistar o ouro no C1 1.000m.
Agora, com cinco medalhas olímpicas, Isaquias continua sendo uma inspiração para novas gerações de atletas e um símbolo de determinação e superação no esporte brasileiro. Sua jornada em Paris pode não ter terminado com o ouro, mas a prata conquistada é mais uma prova de sua grandeza e de seu lugar entre os maiores da história olímpica do Brasil.
Foto: REUTERS/Yara Nardi