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Justiça decreta prisão de Nego Di e sócio por estelionato: “Prática criminosa continuada” e risco de fuga são alegados

Foto: João Cotta / TV Globo,Divulgação
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Influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi preso em Santa Catarina e transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas. Seu ex-sócio, Anderson Boneti, é considerado foragido.

A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão preventiva de Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, e seu ex-sócio Anderson Boneti, por envolvimento em casos de estelionato que datam de 2022. A decisão da juíza Patrícia Pereira Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas, foi baseada em dois principais argumentos: a continuidade das práticas criminosas e o risco de fuga dos acusados.

No último domingo (14), Nego Di foi detido em Santa Catarina pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Após uma audiência de custódia, ele foi transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). Anderson Boneti, no entanto, permanece foragido e é procurado pela polícia.

Investigação e Acusações

A investigação, que começou há cerca de dois anos, revelou que Nego Di e Boneti estariam vendendo produtos através de uma loja online, mas não entregavam os itens comprados. Nego Di, em seu depoimento inicial, afirmou ser apenas o rosto da marca, alegando que Boneti era o verdadeiro proprietário e responsável pela fraude. Contudo, a Polícia Civil concluiu que Nego Di tinha conhecimento dos esquemas fraudulentos.

A polícia analisou 73 vídeos e 370 ocorrências policiais, levando ao indiciamento de Nego Di e Boneti em agosto de 2023. A investigação revelou um prejuízo de R$ 330 mil para as vítimas que registraram boletins de ocorrência, com movimentações financeiras ilícitas que somaram cerca de R$ 5 milhões desde a criação da loja até seu encerramento.

Decisão Judicial

A juíza Tonet descreveu os crimes como “gravíssimos”, destacando a quantidade de vítimas e os valores envolvidos. Segundo a decisão, as práticas fraudulentas foram amplificadas pela notoriedade de Nego Di, que possui grande alcance nas redes sociais. A magistrada também destacou que os réus continuaram a cometer crimes mesmo após o início das investigações, sem ressarcir as vítimas.

A decisão judicial também citou uma nova investigação envolvendo Nego Di por lavagem de dinheiro e outros crimes, que resultou na apreensão de bens de luxo, armas, munições e eletrônicos. A juíza afirmou que esses elementos indicam que os acusados estavam lucrando expressivamente com atividades ilícitas e possuíam recursos para fugir da justiça.

Impacto nas Redes Sociais

Nego Di tem usado suas plataformas digitais para tentar influenciar a opinião pública, sugerindo que uma possível prisão aumentaria sua popularidade e lucratividade. Em um vídeo, ele afirmou: “Se me prenderem eu passo a Juliette em seguidores. A publi vai ficar mais cara, vou comprar uma Ferrari e uma casa maior… Vou lançar filme, documentário…”.

Anderson Boneti

Além das acusações compartilhadas com Nego Di, Boneti também é suspeito em outro caso de estelionato que resultou em prejuízo milionário a uma empresa e levou à sua prisão na Paraíba. Atualmente, ele permanece foragido.

Conclusão

A decisão da Justiça reflete a gravidade das acusações e o risco representado pela continuidade das práticas criminosas dos réus. A prisão preventiva de Nego Di e a busca por Anderson Boneti são medidas para impedir que os acusados escapem da justiça e continuem a prejudicar novas vítimas.

A defesa dos réus ainda não se manifestou sobre a decisão judicial. O espaço permanece aberto para qualquer declaração.