Cantora recebe honraria e celebra representatividade na posse marcada para hoje no Rio de Janeiro
Liniker, uma cantora renomada de 28 anos, acaba de conquistar um feito histórico ao se tornar a primeira mulher trans a ser reconhecida como “Imortal” pela Academia Brasileira de Cultura (ABC). A posse está marcada para esta noite, terça-feira, 14, no Rio de Janeiro.
Considerada uma voz significativa da comunidade LGBTQIA+ na música e teledramaturgia, Liniker comemorou essa importante conquista em sua carreira através das redes sociais, dividindo a notícia com seus admiradores e expressando sua gratidão pela honraria.
“É surreal e gigantesco assume esse lugar, a cadeira 51, que pertenceu a Elza Soares, nossa eterna voz, especialmente no Brasil atual e com as lutas que atravessam meu corpo”, visualmente a artista em seu Instagram.
Reconhecimento Musical
Liniker é reconhecido como um dos maiores talentos da nova geração da música brasileira. No ano passado, recebeu o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, tornando-se a primeira pessoa trans a conquistar esse prêmio.
Sua carreira ascendente teve início em 2015 com o lançamento do EP “Cru”, consolidando-se no cenário artístico com performances marcantes nos gêneros soul, samba e black music.
Para além da música, Liniker expandiu suas habilidades para a teledramaturgia, participando de produções renomadas como “3%” na Netflix, “Manhãs de Setembro” na Amazon Prime e contribuições na novela “Cara e Coragem” da Rede Globo.
Cadeira 51 e Representatividade
A audiência de posse às 19h representa não apenas o reconhecimento do talento musical de Liniker, mas também a quebra de barreiras e estigmas em um ambiente tradicionalmente conservador.
A artista assumirá a cadeira de número 51, vaga desde o falecimento da cantora Elza Soares no ano passado, fortalecendo a representatividade e diversidade na Academia.
Em antecipação à cerimônia, Liniker expressou gratidão e celebrou a eleição nas redes sociais, prestando uma emocionante homenagem a Elza Soares, enfatizando a importância da representatividade e da luta pelo espaço e reconhecimento no universo artístico brasileiro.

Foto: Reprodução de Instagram