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Lula e Janja pressionam por regulação do TikTok e geram tensão diplomática com a China

Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Durante encontro com Xi Jinping, presidente brasileiro e primeira-dama abordam preocupações sobre impacto da plataforma chinesa no Brasil, reacendendo debate sobre regulação das redes sociais e liberdade de expressão

Durante visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, trouxeram à tona preocupações sobre o TikTok, plataforma chinesa de vídeos curtos, em reunião com o presidente Xi Jinping. O casal presidencial expressou inquietações sobre os efeitos nocivos da rede social, especialmente entre crianças e mulheres brasileiras, reacendendo o debate sobre a necessidade de regulamentação das redes sociais no Brasil.

Segundo relatos, Janja mencionou diretamente os impactos negativos do TikTok, citando casos como o de uma menina de oito anos que faleceu após participar de um desafio viral na plataforma . Lula, por sua vez, solicitou a Xi Jinping o envio de um especialista chinês para auxiliar o Brasil na elaboração de políticas de regulação digital .

A intervenção de Janja, embora respaldada por Lula, teria causado desconforto entre os chineses, uma vez que o tema não estava previsto na pauta do encontro. A primeira-dama já havia se manifestado anteriormente sobre a necessidade de regulamentar as redes sociais, especialmente após episódios envolvendo desafios perigosos disseminados online .

A oposição brasileira criticou a iniciativa, alegando que buscar auxílio chinês para regular as redes sociais poderia abrir precedentes para práticas de censura. Analistas políticos também expressaram preocupação com a possibilidade de adoção de modelos autoritários de controle de conteúdo, semelhantes aos utilizados na China .

O debate sobre a regulação das redes sociais no Brasil permanece estagnado no Congresso Nacional, sem avanços significativos. A iniciativa de Lula e Janja, embora bem-intencionada, evidencia a complexidade do tema e a necessidade de um diálogo amplo e democrático sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e proteção dos usuários nas plataformas digitais.