Combinação de Dolutegravir e Lamivudina promete facilitar e aprimorar o tratamento, oferecendo maior comodidade aos pacientes com HIV/Aids.
O Ministério da Saúde deu um passo significativo no tratamento do HIV/Aids ao receber uma combinação inovadora de dois medicamentos destinados a pacientes com o vírus. Esta nova abordagem, baseada na união de Dolutegravir 50mg + Lamivudina 300mg, oferece uma administração simplificada e promete maior eficácia no combate ao vírus.
Os antirretrovirais, já disponibilizados separadamente pelo SUS, agora se unem na forma do “dovato”, trazendo mais praticidade e eficiência para o tratamento dos pacientes. A expectativa é de que a distribuição para os estados comece até o final de 2023, após aprovação da incorporação à rede.
“A adesão ao tratamento é um dos desafios mais cruciais para pessoas que vivem com HIV ou Aids. A redução no número de comprimidos visa aprimorar este aspecto”, destacou o Ministério da Saúde.
Segundo a Fiocruz, principal distribuidora de antirretrovirais do SUS, o tratamento do HIV costumava envolver uma combinação de diferentes medicamentos para suprimir o vírus. Agora, uma única dose diária deste medicamento promete garantir a eficácia, facilitando a continuidade do tratamento e minimizando potenciais efeitos adversos graves.
A Fiocruz planeja entregar ao SUS, ainda em 2023, 10,8 milhões de unidades do antirretroviral combinado. Para 2024, a solicitação do governo federal é de 30 milhões de unidades.
O medicamento, uma contendo Dolutegravir 50mg + Lamivudina 300mg, é fruto de um acordo de transferência de tecnologia assinado em julho de 2020 entre Farmanguinhos/Fiocruz e as empresas ViiV Healthcare Company e GlaxoSmithKline (GSK). Esta parceria visa à autonomia na produção nacional do tratamento. Desde maio de 2022, quando a Anvisa adiou o peticionamento de Farmanguinhos, o instituto tornou-se apto a fornecer a demanda deste medicamento para o Ministério da Saúde, marcando um avanço significativo no tratamento do HIV.
Divulgação/Fiocruz