Principal linha de investigação aponta vazamento do gás tóxico dentro do veículo; autoridades buscam esclarecimentos
A tragédia que vitimou quatro jovens em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, na manhã desta segunda-feira (01), levanta suspeitas de intoxicação por monóxido de carbono. Gustavo Pereira Elias, Tiago de Lima Ribeiro, Karla Aparecida dos Santos e Nicolas Kovaleski, encontrados sem vida dentro de uma BMW, podem ter sido vítimas do gás tóxico, indicando essa como a principal linha de investigação pela polícia.
O delegado Bruno Effori, encarregado do caso, aponta que uma perfuração no cano de escape do veículo pode ter provocado o vazamento do monóxido de carbono para o interior do carro. Segundo ele, uma análise preliminar indica que o motor permaneceu ligado por horas, acumulando o gás no veículo enquanto os jovens aguardavam a passageira. Estima-se um tempo de aproximadamente três horas nessa situação.
Os jovens passaram o réveillon em Balneário Camboriú e seguiram, posteriormente, para São José, acompanhados por familiares em outro veículo. O delegado reforça que as investigações ainda não são conclusivas e que depoimentos e laudos periciais serão essenciais para determinar a causa das mortes.
O monóxido de carbono, de acordo com Augusto Scalabrini Neto, professor da USP e especialista, impede a oxigenação da hemoglobina, levando à asfixia e morte. O gás, inodoro e letal, pode causar náuseas, vômitos, tonturas e, em casos graves, perda de consciência. O médico sugere a possibilidade de um vazamento interno devido à combustão.
O caso, que chocou a região, mobilizou equipes de emergência que tentaram reanimar as vítimas, mas sem sucesso. As autoridades locais, incluindo PM, Polícia Civil e Polícia Científica, estão envolvidas na investigação para esclarecer os detalhes desse trágico episódio que vitimou os jovens.
Reprodução / redes sociais
Imagem: Divulgação/Polícia Militar de SC