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Mulher descobre 22 irmãos após teste de DNA

Foto: Laura Oliverio/CNN
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Caso histórico expõe falta de regulamentação da indústria da fertilidade nos EUA, levantando questões sobre incesto acidental e responsabilidade médica.

Victoria Hill, uma assistente social clínica de Connecticut, EUA, nunca imaginou que um simples teste de DNA a levaria a descobrir que tinha 22 irmãos, muito além do irmão com quem cresceu. Mas as surpresas não pararam por aí. O teste revelou que o pai biológico de Hill não era quem ela pensava e que um médico de fertilidade, Burton Caldwell, usou seu próprio esperma para inseminar sua mãe, supostamente sem o consentimento dela. Este caso chocante expõe a falta de regulamentação da indústria da fertilidade nos EUA, levantando questões sobre incesto acidental e responsabilidade médica.

A busca por respostas começou quando Hill, intrigada com um problema de saúde, decidiu fazer um teste de DNA da 23andMe. O que deveria ser uma busca rotineira por informações pessoais acabou se transformando em uma descoberta surpreendente: Hill tinha 22 irmãos, alguns dos quais entraram em contato com ela para compartilhar mais revelações perturbadoras.

Além de descobrir a verdadeira extensão de sua família, Hill foi confrontada com a revelação de que um de seus irmãos recém-descobertos era seu ex-namorado do colégio, o que levantou questões sobre incesto acidental e os impactos emocionais devastadores dessa descoberta.

O caso de Hill não é único e destaca um problema maior na indústria da fertilidade nos EUA: a falta de regulamentação. A maioria dos estados, incluindo Connecticut, não possui leis contra fraude de fertilidade, deixando pacientes e suas famílias vulneráveis a práticas antiéticas por parte dos médicos de fertilidade.

Enquanto isso, mais de 30 médicos em todo o país foram flagrados ou acusados ​​de usar seu próprio esperma para inseminar pacientes, mas a responsabilização por esses atos tem sido escassa. A falta de leis que criminalizem a fraude na fertilidade dificulta a obtenção de recursos para as vítimas e permite que os médicos acusados ​​continuem praticando sem enfrentar consequências significativas.

O caso de Hill ressalta a necessidade urgente de regulamentações mais rígidas na indústria da fertilidade e levou ao impulso por mudanças legislativas. Propostas de lei em nível federal e estadual visam proibir a fraude na fertilidade e fornecer recursos legais para as vítimas, mas a luta continua para implementar essas mudanças.

Enquanto isso, pessoas como Hill e sua meia-irmã Janine Pierson estão determinadas a buscar justiça e responsabilizar os médicos envolvidos. Pierson confrontou pessoalmente Burton Caldwell, o médico que supostamente usou seu próprio esperma para inseminar sua mãe, em uma tentativa de obter respostas e enfrentar o homem por trás das decisões que afetaram profundamente suas vidas.

Victoria Hill e sua mãe, Maralee Hill. Foto: Laura Oliverio/CNN

O caso de Hill e outros semelhantes destacam a importância de uma regulamentação mais rigorosa na indústria da fertilidade e a necessidade de responsabilizar os profissionais médicos por práticas antiéticas. Enquanto as vítimas buscam justiça e as mudanças legislativas avançam, o impacto emocional dessas revelações continua a ecoar, destacando a importância de proteger os pacientes e suas famílias contra a fraude na fertilidade.

Janine Pierson exibe uma selfie que tirou com Caldwell em seu telefone em Hartford, Connecticut. Foto: Laura Oliverio/CNN