“A noite é um estilo de vida”, afirma a Emporio Armani em sua mais recente coleção primavera/verão, exibida no sábado durante a Semana de Moda Masculina de Milão.
Apesar de ainda ser dia e o calor estar intenso, o desfile começou pouco depois das 19h no Teatro Armani, um dos icônicos símbolos do império criado por Giorgio Armani na capital da moda italiana. Com uma passarela preta quadrada (ideal para manter os looks em destaque por mais tempo), a atmosfera noturna foi criada para realçar a coleção, revelando não o que a escuridão esconde, mas suas sim formas, brilhos e texturas que saltam aos olhos apenas quando o essencial está em evidência.
O resultado dessa criação é uma coleção fluida, leve como uma noite de verão. A inspiração do extremo oriente e de um norte da África imaginário realça a sensação de frescor do conjunto: as calças são amplas (muitas delas com amarrações), e sobre os ombros, roupões, blazers e casacos evocam a estética dos quimonos, além de colares longos. As estampas quase não existem, exceto pelas folhas de ginkgo biloba, planta que tem sobrevivido através das eras, desde os tempos dos dinossauros, e símbolo, neste contexto, um estilo atemporal. A estilização dessas folhas é uma outra contribuição da cultura japonesa para o Emporio Armani.
O brilho é uma presença marcante, seja nos tecidos naturalmente cintilantes, como a seda, seja nos suéteres bordados com cristais ao longo de toda a sua extensão. Além do preto, a paleta de cores traz o branco e a areia.
Olimpíadas de Paris Aos 88 anos de idade, Giorgio Armani não é apenas um criador que aparece rapidamente ao final do desfile. Com sua elegância habitual, camiseta preta e tênis branco, ele recebeu um sorriso dos aplausos entusiasmados e marcou o momento com os atletas das atletas das Olimpíadas e da Paralimpíada de Paris, que foram vestidos pela marca. Esse trabalho amplifica o impacto cultural da marca, que é sinónimo de Milão e da moda italiana.
Fotos: Emporio Armani/Divulgação