O país está enfrentando uma onda de calor intensa e prolongada, com temperaturas que atingiram níveis recordes em várias regiões. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), cidades como Campo Grande, Cuiabá, São Paulo e Rio de Janeiro registraram um aumento significativo nas temperaturas, alertando para os cuidados essenciais que a população deve adotar para preservar a saúde em meio a esse cenário climático desafiador.
Nos últimos dias, as temperaturas têm recordes batidos preocupantes. No último domingo (12), São Paulo e Rio de Janeiro registraram os dias mais quentes do ano, com tarifas atingindo 36,9 °C e 41,8 °C, respectivamente. Na capital fluminense, a sensação térmica chegou a impressionantes 50,5 °C. E segundo meteorologistas, a expectativa é de que essas condições permaneçam nos próximos dias e até mesmo se estendam até abril de 2024 em algumas áreas.
Com esse calor intenso, é fundamental tomar precauções para evitar problemas de saúde decorrentes da exposição ao sol e da desidratação. A falta de cuidados pode levar a consequências graves, desde o desmaios até o aumento do risco de doenças graves, como o melanoma, uma forma prejudicial de câncer de pele.
Os especialistas alertam que a população precisa adotar medidas preventivas para se proteger. Beber água regularmente é crucial. “Quando uma pessoa está sentindo sede, ela já está desidratada. Não espere ficar com sede e comece a se hidratar com água”, afirma um dos especialistas consultados.
Durante esse período de calor extremo, a ingestão de pelo menos 2 litros de água ao dia é altamente recomendada. Além disso, em condições de tempo seco, como as que enfrentamos, o risco de desidratação aumenta consideravelmente.
A desidratação pode afetar não só a sensação de sede, mas também as mucosas, como a do nariz e a pele. Por isso, além da água, é indicado o uso de soro fisiológico para manter a hidratação em níveis adequados.
Outras formas de se manter hidratado durante esse período incluem a disponibilização de bebedouros públicos, piscinas e até a mesma distribuição de sprays para ajudar as pessoas a se manterem frescas e hidratadas.
Além da hidratação, o uso do protetor solar é essencial para proteger a pele dos raios solares, ajudando a reduzir o risco de problemas graves, como o câncer de pele.
Outra recomendação importante é evitar a exposição direta ao sol nos horários mais quentes, entre 10h e 16h ou 17h. Essa medida visa reduzir os riscos de insolação, um problema grave que pode levar ao colapso do organismo devido à incapacidade regular da temperatura corporal.
E não apenas a exposição solar excessiva, mas também os exercícios físicos ao ar livre durante os picos de calor devem ser evitados. A prática de atividades físicas nesses momentos pode aumentar o impacto de tonturas e até desmaios.
A alimentação também merece atenção especial nesses dias. Evitar alimentos pesados e gordurosos é recomendado, optando por refeições mais leves em menor quantidade, mas em intervalos mais curtos ao longo do dia.
É importante ficar atento aos sinais do corpo. Sintomas como fadiga, sede intensa, sudorese excessiva, dor de cabeça e pele avermelhada podem ser os primeiros sintomas de um quadro de desidratação ou exposição excessiva ao calor.
As ondas de calor são eventos climáticos extremos que podem representar riscos graves à saúde, principalmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. É essencial que todos estejam atentos e adotem medidas de prevenção para evitar complicações decorrentes desse período.
Por fim, segundo especialistas do Climatempo, a persistência desse calor intenso está relacionada à influência natural do El Niño, que tem contribuído para o aumento das temperaturas e pode manter essa condição até abril. Portanto, a atenção e os cuidados devem ser mantidos nos próximos meses.

Foto: Reprodução Internet