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Papa Francisco chama guerra entre Israel e Hamas de “terrorismo”

Foto:Vatican Media/­Handout via REUTERS
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Pontífice se reuniu com familiares de reféns e pediu orações para o fim do conflito

O papa Francisco condenou a guerra entre Israel e o Hamas como “terrorismo” nesta quarta-feira (22). O pontífice se reuniu separadamente com parentes israelenses de reféns mantidos pelo Hamas e palestinos com famílias na Faixa de Gaza.

“Ambos os lados estão sofrendo”, disse Francisco em sua audiência geral na Praça de São Pedro. “Isso é o que as guerras fazem. Mas aqui nós fomos além das guerras. Isso não é guerra. Isso é terrorismo.”

O embaixador de Israel no Vaticano, Raphael Schutz, disse que não queria se referir diretamente ao que o papa disse, mas acrescentou: “Há uma distinção simples, um lado quer assassinar, estuprar e não se importa com aqueles do seu próprio lado. O outro lado está envolvido numa guerra de autodefesa.”

Schutz estava falando em uma coletiva de imprensa com famílias israelenses que foram encontradas com o papa. A maioria disse que não estava ciente dos comentários do papa porque eles aconteceram após a reunião.

Durante a audiência geral, um grupo de palestinos na multidão reuniu fotos de corpos envoltos em panos brancos e um cartaz dizendo “a Nakba continua”. Nakba é a palavra árabe para catástrofe e refere-se ao deslocamento e desapropriação de palestinos na guerra de 1948 que cercou a fundação de Israel.

As reuniões e os comentários do papa ocorreram horas depois que Israel e o Hamas concordaram com uma trégua em Gaza por pelo menos quatro dias para permitir ajuda e libertar 50 reféns capturados por militantes em troca de 150 palestinos presos em Israel.

Israel colocou Gaza sob cerco e bombardeio desde que militantes do Hamas atacaram cidades do sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e tomando cerca de 240 reféns, de acordo com os cálculos israelenses. Desde então, mais de 14.000 habitantes de Gaza foram mortos, cerca de 40% deles crianças, de acordo com autoridades médicas no território governado pelo Hamas. São números considerados confiáveis ​​pelas Nações Unidas.

Foto: Gazetabrasil.com.br