O Papa Francisco emitiu uma declaração contundente sobre a urgência da crise climática, apontando o dedo para grandes indústrias, líderes mundiais e o estilo de vida ocidental que ele chamou de “irresponsável”.
Na encíclica intitulada Laudate Deum (“Louvado seja Deus”), o Papa afirmou que as respostas até agora têm sido confortáveis, enquanto o mundo se aproxima de um ponto crítico. Ele alertou que alguns efeitos das mudanças climáticas são irreversíveis e destacaram extremos cada vez mais evidentes.
Francisco criticou vigorosamente os negacionistas e retardatários das alterações climáticas, enfatizando que os sinais são inegáveis. Ele alerta que ignorar uma crise climática resultará em extremos mais frequentes e intensos.
O Papa ressaltou a responsabilidade desproporcional dos países ricos, apontando a disparidade nas emissões por indivíduo entre os EUA, China e países mais pobres. Ele enfatizou a necessidade de uma mudança no estilo de vida associado ao modelo ocidental.
Além disso, Francisco criticou líderes e empresas que priorizam o lucro a curto prazo em detrimento da ação climática, observando que a crise climática não é uma prioridade para as grandes potências econômicas.
Esta declaração do Papa é uma extensão de sua encíclica Laudato Si (“Louvado sejas”) de 2015, que foi o primeiro documento papal dedicado às questões ecológicas.
A mensagem chega antes da conferência climática COP28 da ONU, que inicia no final de novembro em Dubai, onde os países serão avaliados em seu progresso na direção às metas climáticas.

Foto: Repodução