O Papa Francisco anunciou uma mudança histórica que pode levar a mais inclusão na tomada de decisões na Igreja Católica Romana. Pela primeira vez, as mulheres poderão votar em uma reunião global de bispos, durante a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será realizada em duas sessões, a primeira de 4 a 29 de outubro de 2023 e segunda a outubro de 2024.
No passado, as mulheres podiam participar dos sínodos como auditoras, mas sem direito a voto. Agora, cinco irmãs religiosas terão direito a voto. Além disso, o papa decidiu incluir 70 membros não bispos que representam vários agrupamentos de fiéis do povo de Deus. Esses 70 padres, religiosas, diáconos e leigos católicos serão escolhidos pelo papa a partir de uma lista de 140 pessoas recomendadas pelas conferências episcopais nacionais. As conferências foram incentivadas a incluir os jovens e o Vaticano pediu que 50% dos 70 fossem mulheres. Os sínodos geralmente são atendidos por cerca de 300 pessoas, então a maior parte daqueles com direito a voto ainda serão bispos. Ainda assim, a mudança é notável para uma instituição que foi dominada pelos homens durante séculos.

Fotos: Reprodução / Vatican News/ Vincenzo Pinto/AFP