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Pesquisa da UFF avalia emissão de óxido nitroso na Amazônia e no Pantanal

Foto: AdobeStock/Divulgação/JC
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Substância é 310 vezes mais potente que o CO2 no efeito estufa

Uma pesquisa do Instituto de Química da Universidade Federal Fluminense (UFF) está avaliando a variação de emissão de óxido nitroso (N2O) na Amazônia e no Pantanal. O óxido nitroso é um gás do efeito estufa 310 vezes mais potente que o CO2, e sua principal forma de emissão nos dois biomas brasileiros é pelo solo de áreas alagadas.

O estudo, realizado em campo e em laboratório, busca entender como as mudanças climáticas estão afetando as emissões de N2O nos dois biomas. Os pesquisadores acreditam que o aumento das secas e dos alagamentos, causados pelo aquecimento global, pode levar a um aumento das emissões do gás.

“As plantas amazônicas, além de metano, que é um gás do efeito estufa, emitem também o N20 que é um outro gás de efeito estufa”, explicou Alex Enrich Prast, orientador da pesquisa. “Historicamente, as áreas amazônicas já emitiam esse gás do efeito estufa, mas existia um equilíbrio na natureza e no planeta onde os trópicos emitiam mais metano ou mais óxido nitroso e isso ajudava a manter a temperatura da Terra numa temperatura aceitável. No que o homem passa a emitir pelas atividades antrópicas mais metano e mais N2O com mais agricultura e fertilizantes, como consequência disso, emitem mais N2O. É importante acompanhar as emissões naturais”, detalhou.

Os pesquisadores ainda estão coletando dados para finalizar o estudo, mas os resultados preliminares apontam para um aumento das emissões de N2O na Amazônia e no Pantanal. “O que a gente observa é que, em áreas alagadas, as emissões de N2O são maiores”, disse Gabriela Cugler, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geociências (Geoquímica) da UFF e uma das autoras do estudo. “Isso está relacionado ao fato de que, em áreas alagadas, o solo fica mais reduzido em oxigênio, o que favorece a produção do gás”, explicou.

Os resultados da pesquisa podem ajudar a entender melhor como as mudanças climáticas estão impactando o clima da Amazônia e do Pantanal. Também podem contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas para reduzir as emissões de N2O desses biomas.

A pesquisa da UFF é importante porque fornece novas informações sobre as emissões de óxido nitroso na Amazônia e no Pantanal. Os resultados preliminares apontam para um aumento das emissões do gás, o que pode agravar os efeitos das mudanças climáticas.

É importante ressaltar que o óxido nitroso é um gás do efeito estufa muito potente, sendo 310 vezes mais potente que o CO2. Isso significa que, mesmo em pequenas quantidades, o N2O pode ter um impacto significativo no aquecimento global.

Os resultados da pesquisa também reforçam a importância de proteger a Amazônia e o Pantanal. Esses biomas são essenciais para o equilíbrio climático do planeta, e sua destruição pode levar a um aumento das emissões de gases do efeito estufa.

Foto: Reprodução