Batizado de Anhangá, o poço foi o segundo descoberto em 2024 na região e fica a 24 quilômetros da primeira descoberta, chamada Pitu Oeste
Nesta terça-feira (9/4), a Petrobras informou uma nova descoberta na bacia Potiguar, entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará. O poço, nomeado Anhangá, revelou uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas, a mais de 2.000 metros de profundidade, marcando o segundo achado na região neste ano. Sua localização fica a 24 quilômetros da primeira descoberta, conhecida como Pitu Oeste.
A empresa destaca que as águas ultraprofundas, com profundidade superior a 1.500 metros, são alvo de atenção especial. Pedro Zalán, geólogo da Petrobras, sugere que essa descoberta pode indicar a existência de reservas substanciais em bacias como Barreirinhas e Foz do Amazonas, embora estas últimas ainda não possam ser exploradas devido a restrições ambientais impostas pelo Ibama.
A Petrobras enfatiza a necessidade de avaliações econômicas para determinar a viabilidade das descobertas. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, ressalta o histórico de operações bem-sucedidas da empresa, mencionando mais de 3.000 poços perfurados em águas profundas e ultraprofundas sem impacto ambiental significativo.
A companhia espera reverter as restrições do Ibama, especialmente na bacia da Foz do Amazonas, onde poderia iniciar perfurações caso autorizada. A região é estrategicamente importante para avaliar o potencial de reservas de petróleo do Brasil, especialmente após os sucessos exploratórios em países vizinhos como Guiana e Suriname.
A Petrobras reitera seu compromisso com a busca de novas fronteiras exploratórias, visando a reposição de reservas e contribuindo para as demandas globais de energia durante a transição energética. Acompanhe mais detalhes em nosso portal de notícias.

Imagem: Divulgação/Petrobras