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PF pede quebra de sigilo fiscal e bancário de Michelle Bolsonaro

Foto: Fabio Rodrigues - Pozzebom/ Agência Brasil
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A Polícia Federal (PF) está investigando a venda ilegal de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em viagens oficiais. A investigação começou após a PF apreender um HD e um celular na casa do pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

A PF suspeita que os quatro investigados negociaram e venderam, ilegalmente, joias e outros presentes de alto valor recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais. A Polícia Federal identificou a negociação de quatro conjuntos de joias e objetos. Dois chegaram a ser vendidos e tiveram de ser recomprados quando o Tribunal de Contas da União determinou que eles fossem devolvidos.

A análise do material apreendido na sexta vai servir para a polícia decidir quais serão os próximos passos da investigação. A PF espera encontrar, por exemplo, mais mensagens entre os investigados – que podem ajudar a esclarecer todo o esquema. E quer rastrear o caminho do dinheiro obtido com a venda dos presentes, além de descobrir de onde veio o dinheiro para recomprar alguns deles.

A PF também investiga se o grupo desviou outros bens de alto valor do acervo público. Segundo investigadores, há indícios de que, ao longo do governo Bolsonaro, o gabinete responsável pela análise e definição do destino de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao presidente da República passou a adotar um entendimento que facilitava o repasse de presentes ao acervo privado de Bolsonaro.

Bolsonaro não foi alvo de busca na operação porque a PF avaliou que isso não era não era necessário nesse momento. O ex-presidente já foi alvo em operação anterior que investigou a falsificação do cartão de vacinação dele. Mas diante do que já foi descoberto, a PF pediu ao Supremo Tribunal Federal a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente e também da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O Supremo está analisando o pedido.

A defesa de Bolsonaro divulgou uma nota na sexta-feira sobre a investigação. A defesa afirmou que Bolsonaro voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU ainda em meados de março, próximo passado — requerendo o depósito dos itens naquela corte, até final decisão sobre seu tratamento – o que de fato foi feito. Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do poder judiciário sua movimentação bancária.

A defesa de Michelle Bolsonaro também afirmou que as contas bancárias de Michelle Bolsonaro também estão à disposição da Justiça. E que a ex-primeira-dama não cometeu nenhuma irregularidade.

A defesa de Mauro Cid disse que não iria se manifestar porque não teve acesso aos autos.

A defesa de Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do gabinete adjunto de documentação histórica, disse que todos os objetos e presentes enviados ao gabinete foram devidamente tratados dentro da absoluta e estrita obediência à lei. Que esses fatos já foram esclarecidos à Polícia Federal e à Comissão de Ética da Presidência. E que ele está pronto para prestar qualquer esclarecimento complementar.

O Jornal Nacional não conseguiu contato com as defesas de Osmar Crivelatti, Marcelo CAmara e Mauro Cesar Lourena Cid. E não teve retorno da defesa de Frederick Wassef.

Foto: Agência Brasil e Twiter Reprodução