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Pix mais seguro: Banco Central anuncia novas mudanças para aprimorar a segurança das transações

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Banco Central implementa novas medidas para aumentar a segurança das transações via Pix, incluindo limite para transferências noturnas, ampliação do prazo para contestação de fraudes e novos mecanismos de proteção para pessoas físicas e jurídicas.

O Banco Central (BC) do Brasil anunciou recentemente uma série de mudanças no sistema de pagamentos instantâneos Pix, com o objetivo de aumentar a segurança das transações e proteger os usuários contra fraudes e golpes. Desde o seu lançamento em 2020, o Pix se tornou um dos meios de pagamento mais populares do país, permitindo transferências rápidas e gratuitas entre contas bancárias em qualquer dia e horário. No entanto, sua popularidade também atraiu a atenção de criminosos, levando o BC a adotar novas medidas para mitigar riscos.

Limites de transações noturnas e ajustes personalizáveis

Uma das principais mudanças anunciadas pelo Banco Central é a implementação de um limite máximo de R$ 1.000,00 para transações realizadas entre 20h e 6h. Essa medida visa reduzir os riscos associados a roubos e sequestros-relâmpago, crimes que têm ocorrido com frequência nos horários noturnos, quando a movimentação nas ruas é menor e as pessoas estão mais vulneráveis.

Além do limite padrão, o Banco Central também permitirá que os usuários façam ajustes personalizados nos limites de transações, tanto para transferências quanto para pagamentos, durante o período noturno. Os clientes poderão aumentar ou diminuir os limites conforme sua necessidade, respeitando um prazo de 24 horas para que as mudanças entrem em vigor. Essa flexibilidade é uma tentativa de equilibrar a segurança com a conveniência do usuário, permitindo ajustes que atendam a diferentes perfis de uso.

Ampliação do prazo para contestação de fraudes

Outra medida importante é a ampliação do prazo para contestação de transações suspeitas ou fraudulentas. Anteriormente, o prazo para solicitar o reembolso de uma transação fraudulenta era de apenas 24 horas. Com as novas regras, os usuários terão até 48 horas para contestar uma transação que considerem suspeita. Essa mudança dá aos clientes mais tempo para identificar e reportar atividades fraudulentas, aumentando as chances de recuperação dos valores perdidos.

Além disso, o Banco Central estabeleceu que as instituições financeiras deverão disponibilizar canais de atendimento especializados para lidar com denúncias de fraudes e contestação de transações. O objetivo é agilizar o atendimento e a resolução de casos, proporcionando mais segurança e confiança aos usuários do sistema.

Novos mecanismos de segurança para pessoas físicas e jurídicas

As mudanças no Pix também incluem a implementação de novos mecanismos de segurança para proteger tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Para empresas, o Banco Central determinou a criação de limites diferenciados para transações realizadas fora do horário comercial. Essas regras visam proteger as contas corporativas, que são alvos frequentes de ataques cibernéticos e fraudes.

Para as pessoas físicas, o BC está introduzindo uma nova ferramenta que permitirá aos bancos realizar uma análise de risco mais detalhada das transações. Através do monitoramento de padrões de comportamento, como a frequência e o valor das transferências, as instituições poderão identificar atividades suspeitas de maneira mais eficaz. Se uma transação for considerada de alto risco, o banco poderá reter o valor temporariamente para análise, a fim de evitar possíveis fraudes.

Educação financeira e orientação aos usuários

Além das mudanças operacionais, o Banco Central tem promovido iniciativas de educação financeira para orientar os usuários sobre as melhores práticas de segurança ao utilizar o Pix. Isso inclui a recomendação de não compartilhar dados pessoais ou bancários, manter senhas e dispositivos seguros, e desconfiar de comunicações não solicitadas que pedem informações sensíveis.

O BC também está trabalhando em conjunto com as instituições financeiras para promover campanhas de conscientização sobre os riscos de golpes e fraudes digitais, reforçando a importância da vigilância contínua e do uso consciente das ferramentas de pagamento eletrônico.

Impacto das novas medidas e expectativas futuras

As novas medidas de segurança anunciadas pelo Banco Central são parte de um esforço contínuo para melhorar a segurança do sistema financeiro brasileiro, especialmente em um momento em que os pagamentos digitais estão se tornando cada vez mais predominantes. O Pix, por sua facilidade e rapidez, já conquistou milhões de usuários em todo o país, mas essa popularidade trouxe consigo o desafio de lidar com a crescente sofisticação das tentativas de fraude.

As expectativas são de que, com essas novas regras, o sistema Pix se torne ainda mais seguro, mantendo sua relevância no mercado financeiro e continuando a ser uma ferramenta essencial para a inclusão bancária no Brasil. O Banco Central promete continuar monitorando o desempenho do Pix e ajustando as regras conforme necessário para garantir a segurança e a confiança de todos os usuários.

Enquanto o sistema de pagamentos instantâneos continua a evoluir, as medidas de segurança introduzidas pelo Banco Central representam um passo importante para proteger os usuários e garantir que o Pix continue a ser uma opção segura e conveniente para todos. As mudanças demonstram o compromisso das autoridades em responder rapidamente às ameaças e adaptar o sistema às necessidades de segurança do momento. Com isso, o Pix segue consolidando sua posição como um dos meios de pagamento mais inovadores e confiáveis do Brasil.

Foto: Shutterstock