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Por que os astronautas da Starliner, da Boeing, ainda não voltaram à Terra?

Crédito: Joe Raedle/Getty Images
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NASA anuncia que retorno da espaçonave não deve acontecer antes do início de julho; entenda os atrasos da missão

A espaçonave Starliner da Boeing, que tinha a missão de transportar dois astronautas da NASA para a Estação Espacial Internacional (ISS), enfrenta novos desafios. Prevista inicialmente para uma estadia de cerca de uma semana, a missão foi estendida, e os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore agora retornarão não antes do início de julho. A NASA e a Boeing precisam resolver problemas técnicos que surgiram durante a missão.

Problemas técnicos e prorrogação da missão

Os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore chegaram à ISS a bordo da Starliner em 6 de junho. Contudo, problemas como vazamentos de hélio e falhas nos propulsores surgiram durante a viagem, forçando uma análise mais detalhada por parte dos engenheiros em terra. Estes problemas ocorreram em uma parte da nave que não foi projetada para sobreviver à reentrada, mas levantaram preocupações que precisam ser abordadas antes do retorno dos astronautas.

Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA, afirmou que, embora não haja indícios de que a Starliner não conseguirá trazer os astronautas de volta, é essencial “analisar todos os dados restantes” antes de iniciar o retorno. A missão, agora prolongada por pelo menos 20 dias, busca garantir a segurança dos astronautas e resolver todas as questões técnicas.

Histórico de contratempos da Starliner

Desde sua seleção em 2014, o programa Starliner da Boeing enfrentou diversos desafios, incluindo atrasos, problemas técnicos e estouros de orçamento. A primeira missão de teste sem tripulação, realizada em 2019, revelou erros de software significativos, enquanto a segunda missão de teste, em 2022, encontrou problemas adicionais.

Comparações com a SpaceX

A trajetória da Boeing contrasta com a da SpaceX, que completou com sucesso sua primeira missão tripulada com a Crew Dragon em 2020 e tem operado regularmente desde então. A Crew Dragon também teve um voo inaugural mais longo do que o planejado, mas isso foi devido a necessidades operacionais na ISS e não a problemas técnicos.

Expectativas e planos futuros

Apesar dos desafios, a Boeing e a NASA veem a missão como uma oportunidade de aprendizado. Mark Nappi, vice-presidente e gerente do programa Starliner da Boeing, enfatizou que a equipe está lidando com os aspectos “não planejados” da missão e que ajustes estão sendo feitos conforme necessário. A NASA e a Boeing continuam trabalhando para resolver todos os problemas e garantir o retorno seguro dos astronautas.

Se novos contratempos surgirem, a NASA poderá considerar o envio de uma Crew Dragon para trazer Williams e Wilmore de volta, demonstrando a complexidade e os desafios contínuos das missões espaciais tripuladas.

O veículo espacial Starliner leva dois astronautas da Nasa para uma estadia de aproximadamente uma semana na Estação Espacial Internacional; na foto, Butch Wilmore (esq.) e Suni WilliamsCrédito: Nasa/Joel Kowsky