Os cientistas Katalin Karikó, da Hungria, e Drew Weissman, dos Estados Unidos, foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina deste ano pelo desenvolvimento da tecnologia de vacinas de RNA contra a Covid-19. A decisão foi anunciada pela Assembleia Nobel do Instituto Karolinska.
As contribuições de Karikó e Weissman foram cruciais para o rápido desenvolvimento das vacinas de mRNA que desempenharam um papel fundamental no combate à pandemia iniciada em 2020. Suas descobertas revolucionárias alteraram a compreensão sobre como o mRNA interage com o sistema imunológico humano, acelerando assim o processo de criação de vacinas em meio a uma das maiores ameaças à saúde global.
Os laureados concederam um prêmio total de 11 milhões de coroas suecas, aproximadamente R$ 4,8 milhões. O Prêmio Nobel de Medicina, instituído em 1901 conforme as instruções de Alfred Nobel, é uma das maiores honrarias na área da saúde.
Ao longo dos anos, foram concedidos 113 prêmios em Fisiologia ou Medicina. No ano passado, o geneticista sueco Svante Pääbo foi o vencedor, reconhecido pelo seu trabalho no sequenciamento do DNA dos Neandertais e pela descoberta da espécie Denisovan.
As vacinas de mRNA geraram debates significativos durante a pandemia de Covid-19, gerando desconfiança em alguns setores da população. Essa nova tecnologia teve influência marcante em processos eleitorais ao redor do mundo, especialmente no Brasil, onde foi tema de discussão no governo liderado por Jair Bolsonaro.
Foto: Niklas Elmehed/ Nobel Prize Outreach