Polêmicas nas redes sociais surgem após iniciativa de reinstalar blocos de granito na Pirâmide de Menkaure, Patrimônio da UNESCO. Conheça os detalhes e as divergentes opiniões sobre o projeto.
A restauração em andamento da Pirâmide de Menkaure, uma das icônicas estruturas de Gizé e reconhecida pela UNESCO, tornou-se alvo de controvérsias após um vídeo postado por Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. O processo, iniciado em janeiro de 2024, visa revitalizar a fachada da pirâmide, respondendo à queda de parte da estrutura nos arredores do monumento. Contudo, críticos, incluindo arqueólogos e especialistas em antiguidades, expressaram preocupações sobre o uso de granito e a potencial destruição histórica decorrente da restauração.
A restauração, projetada para durar três anos, foi inicialmente elogiada por Waziri como o “projeto do século”. No entanto, diversos comentários nas redes sociais destacaram que a iniciativa poderia comprometer a autenticidade do monumento, além de ocultar o verdadeiro valor histórico das pirâmides. Críticos argumentaram que o uso de tecnologia moderna na revitalização não respeita o passado e poderia transformar o local em algo mais semelhante a um parque temático.
Entre as vozes críticas, a arqueóloga egípcia Monica Hanna e Salima Ikram expressaram suas preocupações nas redes sociais. Monica destacou que continuar o trabalho dos antigos egípcios poderia comprometer a autenticidade e resultar na remoção da pirâmide da Lista do Patrimônio Mundial.
Diante das polêmicas, o Ministério das Antiguidades decidiu suspender temporariamente o processo de restauração. Os trabalhos agora serão submetidos à avaliação de um comitê de especialistas para garantir que as normas corretas sejam seguidas antes da retomada das atividades.
Foto: KHALED DESOUKI/AFP/Getty Images