A falta de apoio das federações estaduais impede o avanço do projeto de renovação na entidade máxima do futebol brasileiro
O ex-jogador Ronaldo Nazário, conhecido como Ronaldo Fenômeno, anunciou nesta quarta-feira, 12 de março de 2025, a retirada de sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi comunicada por meio de suas redes sociais, onde o ex-atleta lamentou a falta de abertura ao diálogo por parte das federações estaduais, fator que inviabilizou a apresentação de seu projeto de gestão.
Em sua declaração, Ronaldo destacou que, ao tentar estabelecer contato com as 27 federações filiadas à CBF, encontrou resistência em 23 delas, que se recusaram a recebê-lo, alegando satisfação com a atual administração e apoio à reeleição do presidente em exercício, Ednaldo Rodrigues. “Não pude apresentar o meu projeto, levar as minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, afirmou o ex-jogador.
O estatuto da CBF concede às federações estaduais um peso maior nos votos, o que torna essencial o apoio a essas entidades para qualquer candidatura à presidência da confederação. Diante desse cenário, Ronaldo destacou a inviabilidade de sua candidatura e manifestou respeito pela decisão das lideranças estaduais.
A resistência de Ronaldo ocorre em meio a um contexto de estabilidade na gestão atual da CBF. Ednaldo Rodrigues, que assumiu a presidência interina em 2022 e foi efetivado no cargo em 2023, recebeu respaldo significativo das federações estaduais, o que dificulta as previsões de candidaturas alternativas.
Ronaldo, que atualmente é proprietário do clube espanhol Real Valladolid e do Cruzeiro, no Brasil, havia manifestado seu desejo de concorrer à presidência da CBF com o objetivo de promover mudanças estruturais no futebol brasileiro e fortalecer a representatividade dos clubes nas decisões da entidade. Contudo, a falta de apoio das federações estaduais impede o avanço de sua proposta.
A decisão de Ronaldo de retirar sua candidatura evidencia os desafios enfrentados por aqueles que buscam mudanças na estrutura de poder do futebol brasileiro, onde as federações estaduais desempenham um papel central na definição dos rumores da CBF.